Cursos e Profissões

Medicina: como é o curso e a profissão

Curso mais concorrido do país, com seis anos de duração e um currículo complexo, Medicina também é uma das carreiras mais valorizadas do mercado de trabalho. Mas é preciso ter paixão pela área para enfrentar as longas jornadas de trabalho e o estresse físico e emocional

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Medicina é o curso mais procurado pelos vestibulandos! Segundo o Censo da Educação Superior de 2021, do Ministério da Educação (MEC), essa é a graduação que concentra o maior número de inscritos, entre todos os cursos, nos processos seletivos do país.

E não é para menos! A carreira, super tradicional, confere status e mexe com o que há de mais importante: a saúde das pessoas! Por ser um trabalho nobre e valorizado, os médicos costumam também ter bom retorno financeiro.

Além disso, cuidar da saúde é uma necessidade de todos, o que deixa o mercado de trabalho sempre em alta.

Por outro lado, é uma profissão que exige muita dedicação -- para entrar na faculdade de Medicina, concluir o curso e durante toda a carreira. Afinal, quando se fala em Medicina, fala-se em cuidar de vidas, demandando muito conhecimento, atualização, experiência, atenção e seriedade.

Neste conteúdo, contamos como como se preparar para passar no vestibular e como funciona a graduação em Medicina, desde o ingresso no curso até a residência. Abordaremos também o mundo profissional e as possibilidades de atuação no mercado de trabalho.

Agora, vamos vestir o jaleco e seguir para essa consulta! 

O que você precisa saber sobre o curso de Medicina

O curso de Medicina tem a duração de seis anos e, em geral, está estruturado em três blocos principais: .

  • Ciclo básico – São os dois primeiros anos da formação, que oferece ao estudante o conhecimento geral para exercer a profissão.
  • Ciclo clínico – Do terceiro ao quarto ano, o aluno passa a ter maior conhecimento sobre as doenças, diagnósticos, efeitos e tratamentos. O contato com os primeiros pacientes também se inicia neste período.
  • Internato – Os dois anos finais são reservados ao estágio de medicina. É onde o estudante realiza a prática clínica.

Após o período do curso, é comum ao formado em medicina realizar residência, onde ele se especializa em uma área médica. A duração pode ser de dois a cinco anos, dependendo da especialização escolhida.

Dicas e sugestões para quem pensa em cursar Medicina

A formação em Medicina representa uma grande imersão, que pode chegar a até uma década de preparação para se tornar um médico. Mas, além do foco nos estudos, apresentamos outras dicas e sugestões para você se preparar antes de iniciar o curso.

  • É um diferencial para o estudante chegar ao curso com certa familiaridade à profissão. Isso é possível por meio de livros, artigos, documentários, filmes e séries relacionados à Medicina.

  • Para acompanhar o ritmo acelerado do curso, é importante estar com as bases conceituais afiadas. Portanto, revise os conceitos de Ciências da Natureza (biologia, química e física) que você aprendeu no Ensino Médio.

  • Durante o curso, há uma grande quantidade de informações a serem assimiladas pelo estudante. Por isso, vale a pena desenvolver habilidades de estudo eficazes, como técnicas de organização, gerenciamento de tempo e anotações.

  • O voluntariado em saúde é uma boa atividade extracurricular, pois permite um contato com pacientes, uma experiência prática com a realidade da saúde, além de demonstrar comprometimento e dedicação à área.

  • É fundamental para um bom médico ter capacidade de comunicação com clareza e empatia.

  • O autocuidado é importante para o estudante de Medicina. O curso exige muita dedicação, mas é preciso reservar tempo para atividades físicas, hobbies e momentos de relaxamento. Isso permite a manutenção da saúde mental.

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Como são, em geral, os alunos do curso de Medicina?

Alguns atributos são padrões para um estudante de Medicina. Destacam-se:

  • dedicação e comprometimento ao curso e à profissão;
  • capacidade de compreender informações complexas na área das ciências biológicas e saúde;
  • habilidade na solução de problemas;
  • empatia;
  • resistência ao estresse;
  • ética e responsabilidade.

Como saber se tenho o perfil para ser médico?

Embora os critérios possam variar, o estudante de Ensino Médio ou cursinho com perfil para cursar medicina costuma apresentar os seguintes aspectos:

  • Gostar de cuidar das pessoas;
  • Bom desempenho em Biologia, Química e Física;
  • Habilidades de raciocínio lógico, resolução de problemas e capacidade de análise;
  • Interesse e curiosidade pela área da saúde;
  • Habilidade de comunicação e empatia;
  • Capacidade em suportar pressão e estresse
Grupo de médicos discutindo caso clínico
Os dois primeiros anos da formação, chamados de ciclo básico, oferecem ao estudante o conhecimento geral para exercer a profissão (Imagem: Adobe Stock)

Como é a graduação de Medicina na prática

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina, estabelecidas pelo MEC, dividem as competências e habilidades desenvolvidas na formação entre gerais e específicas.

São competências e habilidades gerais:

  • Estar apto a desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo;
  • Estar fundamentado na capacidade de tomar decisões apropriadas e eficazes no uso de medicamentos, equipamentos, procedimentos e práticas. 
  • Ser acessível e manter a confidencialidade das informações a ele confiadas, tanto com outros profissionais de saúde, como com o público em geral;
  • Estar apto a assumir posições de liderança, sempre com vistas ao bem estar da comunidade;
  • Ter a capacidade de gerenciar e administrar força de trabalho, informação e recursos físicos e materiais;
  • Ser capaz de aprender continuamente, tanto na formação, quanto na sua prática.

São competências e habilidades específicas, entre outras: 

  • Promover a vida saudável junto aos pacientes e à comunidade;
  • Atuar nos diferentes níveis de atendimento à saúde, com ênfase nos atendimentos primário e secundário;
  • Comunicar-se adequadamente;
  • Informar e educar em relação à promoção da saúde, prevenção, tratamento e reabilitação das doenças;
  • Realizar com proficiência a anamnese (entrevista feita com o paciente para chegar no diagnóstico de uma doença) e a dominar a técnica do exame físico;
  • Dominar os conhecimentos científicos básicos da natureza biopsicosocioambiental referentes à prática médica;
  • Diagnosticar e tratar corretamente as principais doenças do ser humano;
  • Reconhecer suas limitações e encaminhar, adequadamente, pacientes portadores de problemas que fujam ao alcance da sua formação;
  • Exercer a medicina utilizando procedimentos diagnósticos e terapêuticos com base em evidências científicas.

Matérias e disciplinas do curso de Medicina

Em geral, as disciplinas abordadas no curso de medicina são divididas entre os dois ciclos de estudos – básico e o clínico.

Exemplos de disciplinas do ciclo básico de Medicina:

  • Anatomia Humana
  • Fisiologia Humana
  • Bioquímica
  • Biofísica
  • Histologia
  • Microbiologia
  • Genética
  • Bioestatística
  • Farmacologia básica
  • Bioética
  • Imunologia
  • Parasitologia
  • Patologia Geral
  • Introdução à Saúde Coletiva

Exemplos de disciplinas do ciclo clínico de Medicina:

  • Psicologia médica
  • Semiologia médica
  • Patologia funcional
  • Técnica operatória
  • Saúde Coletiva
  • Otorrinolaringologia
  • Oftalmologia
  • Clínica Médica
  • Clínica Cirúrgica
  • Farmacologia aplicada
  • Medicina Legal
  • Doenças Infecciosas, Parasitárias e Dermatologia
  • Ginecologia e Obstetrícia
  • Psiquiatria
  • Pediatria
  • Traumatologia e Ortopedia

Outras atividades que integram o curso de Medicina

As atividades complementares são de grande importância no curso de Medicina.

Elas devem ser reforçadas durante toda a graduação para complementar a formação e criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos adquiridos pelo estudante, por meio de estudos e práticas independentes, tanto presenciais, como a distância. 

As atividades complementares em Medicina incluem:

  • monitorias e estágios;
  • programas de iniciação científica (realização de pesquisa com a supervisão de professores);
  • atendimento primário à saúde em hospitais universitários;
  • programas de extensão (oferta de serviços à comunidade);
  • estudos complementares;
  • cursos realizados em outras áreas afins.

Medicina tem TCC?

O curso de medicina não tem TCC. A conclusão do curso ocorre após o internato, também conhecido como estágio.

É preciso fazer estágio para se formar em Medicina?

Sim! O estágio (ou internato) é a etapa final e, talvez, a mais desafiadora do curso. Isso porque envolve treinamento em serviço, em regime de internato, nos serviços próprios ou conveniados da instituição de ensino, como hospitais e clínicas, sob supervisão direta dos docentes.

O estágio tem duração mínima de 2700 horas e envolve atividades práticas em Clínica Médica, Cirurgia, Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria e Saúde Coletiva. Também existe a possibilidade, dentro do estágio, de 25% da carga horária ser realizada em outros estados, preferencialmente nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) ou em instituição conveniada que mantenha programas de Residência.

O que um bom curso de Medicina deve ter?

As graduações de excelência contam com uma grade curricular abrangente, que aborda todos os aspectos da Medicina, da clínica à cirurgia, e até mesmo aspectos administrativos de um hospital. Não podem ficar de fora disciplinas da área humanística, para formar profissionais com foco no bem-estar dos pacientes e atendimento humanizado.

O cuidado com a grade curricular e o projeto pedagógico também precisa ser acompanhado por um corpo docente qualificado e com experiência prática em suas áreas de atuação.

A atividade prática também define um bom curso. No caso da Medicina, é necessário uma estrutura que inclua um hospital-escola, convênio com instituições particulares ou integração ao sistema público de saúde. Isso para que os alunos tenham a vivência do atendimento à população e possam aplicar os conhecimentos em situações reais, com a supervisão de profissionais experientes. 

Em relação aos laboratórios, não podem faltar os de anatomia, microbiologia, patologia e histologia, entre outros. Também são importantes equipamentos como manequins computadorizados para treinamento de diferentes procedimentos clínicos.

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Como escolher um bom curso de Medicina?

As melhores faculdades de Medicina

Como é o mercado de trabalho na área de Medicina?

Para atuar como médico, o graduado em Medicina precisa estar inscrito no Conselho Regional de Medicina (CRM) de seu estado. Cada CRM está vinculado ao Conselho Federal de Medicina (CFM). O registro no conselho é obrigatório para a prática médica no Brasil.

Uma pesquisa do CFM, chamada Demografia Médica, aponta que, no início de 2023, havia 2,65 médicos a cada mil habitantes no Brasil.

Embora seja uma marca semelhante a do Japão e próxima a dos Estados Unidos (2,64), a marca brasileira é inferior a países como o Chile (2,79), Costa Rica (3,07) e a maior parte da Europa.

Também chama atenção o fato de que a densidade de médicos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil (abaixo de 2 médicos por mil habitantes) é muito inferior ao Sul, Sudeste e Distrito Federal (acima de 3). A mesma situação ocorre entre cidades do interior e capitais.

Portanto, há muito espaço para o desenvolvimento de carreira, tanto na clínica geral, como na medicina especializada, tanto no atendimento particular, como no serviço público – a partir do Mais Médicos e outros programas de incentivo para os profissionais trabalharem em áreas que sofrem com a falta de médicos.

De acordo com suas especialidades, um médico pode atuar em clínicas e hospitais (públicos ou particulares), unidades básicas de saúde (UBS) ou de pronto atendimento (UPA), bem como fazer parte do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) e de equipes de resgate do Corpo de Bombeiros, como o Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (GRAU).    

O que é residência médica?

Após a graduação, o profissional pode atuar como médico generalista ou buscar uma especialização. Ela pode ser obtida por meio do Programa de Residência Médica.

A residência médica é uma pós-graduação, em que o residente obtém uma bolsa enquanto estuda e atende pacientes na especialidade que escolheu. Muitas vezes, os exames para ingressar numa residência costumam ser até mais concorridas do que o próprio vestibular para entrar na graduação. 

Também é possível obter especialização cursando uma pós-graduação comum na área escolhida e prestar a prova de título da Associação Médica Brasileira (AMB) ou do respectivo órgão de regulamentação daquela especialidade. 

É importante mencionar que duas especialidades – Clínica Médica e Cirurgia Geral – são pré-requisitos para cursar algumas outras especialidades. Por exemplo, se você quer ingressar em Endocrinologia ou Cardiologia, é necessário antes cursar residência em Clínica Médica. 

Da mesma forma, é preciso ter sido residente em Cirurgia Geral para fazer residência em outra especialização cirúrgica. E a atuação em subespecialidades dentro de uma área exige a residência na especialização desse campo.

Exemplo: a cardiologia pediátrica tem como pré-requisito residência médica em cardiologia ou pediatria.

Áreas de atuação e especialidades da Medicina

Entre as 55 especialidades médicas registradas no CFM, 8 delas reúnem mais da metade dos médicos do país, segundo o estudo Demografia Médica 2023. São elas:

  • Clínica Médica – Conhecimentos gerais sobre o organismo e o corpo humano.
  • Pediatria – Saúde da criança e do adolescente.
  • Cirurgia geral – Diagnóstico e tratamento de doenças por meio de procedimentos cirúrgicos.
  • Ginecologia e obstetrícia – Saúde da mulher.
  • Anestesiologia – Controle da dor do paciente e cuidado com as suas condições vitais durante a cirurgia e a posterior recuperação.
  • Ortopedia e traumatologia – Relacionada ao aparelho locomotor (ossos, músculos, ligamentos e articulações)
  • Medicina do Trabalho – Prevenir e tratar doenças causadas por atividades profisisonais.
  • Cardiologia - Voltada à saúde cardiovascular.

Exemplos de outras especialidades:

  • Psiquiatria – Diagnóstico e tratamento de transtornos mentais.
  • Medicina da família – Acompanhamento dos pacientes ao longo do tempo, com foco na atenção básica (prevenção de doenças, orientação e encaminhamento dos casos)
  • Dermatologia – Tratamento de doenças da pele e procedimentos estéticos.
  • Endocrinologia – Relacionado a hormônios e distúrbios hormonais.
  • Geriatria – Saúde do idoso.
  • Neurologia – Tratamento de distúrbios neurológicos e doenças neurodegenerativas.
  • Oftalmologia – Saúde dos olhos.

A questão de gênero no perfil profissional na Medicina

Ainda de acordo com a publicação Demografia Médica, em 2023, as médicas representam 49,3% do total de profissionais, o que significa um crescimento de 6% em relação a dez anos atrás. Na projeção do estudo, a partir de 2024, as mulheres serão maioria na área da Medicina.

Algumas especialidades também possuem maior tendência para homens, enquanto outras para mulheres. Urologia, Ortopedia e Neurocirurgia são as áreas com mais homens em relação a mulheres. Já em Dermatologia, Pediatria e Endocrinologia, as médicas são a grande maioria. 

Setores mais aquecidos em Medicina

Na Medicina, todas as especialidades têm sua importância e a necessidade de profissionais. Ainda assim, algumas áreas são tradicionalmente muito requeridas, como ginecologia e obstetrícia, pediatria e oftalmologia

No cenário atual, onde a média de idade da população tem aumentado, a geriatria tem sido um setor ativo. Outro campo de crescimento na sociedade tem sido a neurologia, devido às sequelas neurológicas que impactaram pessoas vítimas da Covid-19.

A dermatologia estética e a cirurgia plástica são outras duas áreas de atuação muito procuradas. A primeira se destaca por inovações na limpeza de pele, preenchimento facial, procedimentos a laser, correções de cicatrizes e remoção de tatuagens.

Já o segundo corrige deformações e lesões, além dos procedimentos estéticos, que garantem a esses profissionais uma das maiores médias salariais na medicina brasileira.

A área de Medicina é muito buscada?

Como vimos, de acordo com o Censo da Educação Superior 2021, do MEC/Inep, cursos de Medicina são os mais concorridos do Brasil. Entre as justificativas, temos a tradição que envolve a profissão, bem como a importância do médico na sociedade.

Essa relevância também é ressaltada pelo alto potencial de renda. Outro fator se trata das amplas opções de carreira, de acordo com as diversas áreas de especialização.

Quais as principais mudanças na área de Medicina?

Uma das principais tendências é o atendimento humanizado. A empatia do profissional, com capacidade para explicar as situações em linguagem clara e de fácil entendimento, permite uma maior aproximação do médico com seu paciente.

Temos também a medicina integrativa, que representa uma grande mudança. Afinal, se antes o foco do médico era o tratamento da doença, com essa prática integrativa, o eixo do trabalho é o cuidado do paciente como um todo. O objetivo é buscar fatores fisiológicos, psicológicos, nutricionais e sociais a serem aprimorados para garantir uma vida saudável. 

Outro avanço na área da Medicina é a integração do médico com a tecnologia. A telemedicina, por exemplo, auxilia em um atendimento inicial à distância, com a capacidade de reduzir filas em clínicas e hospitais.

Ela faz parte de uma gama de elementos digitais que compõem o que tem sido chamado de Saúde 5.0, envolvendo o uso de monitoramento via smartwatches, inteligência artificial (IA) para assistência em diagnóstico e prescrição de medicamentos, entre outros. 

Quanto ganha um médico?

Segundo a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o piso salarial sugerido para um médico é de R$ 18.709,99 por mês para 20 horas semanais de trabalho.

Já o site Glassdoor aponta uma média nacional de R$ 11.414,00, enquanto a pesquisa Demografia Médica no Brasil 2023, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e da Associação Médica Brasileira (AMB), mostra que a renda média mensal dos médicos, segundo dados da Receita Federal, foi de R$ 30,1 mil em 2020.

Essas diferenças ocorrem porque os valores variam de acordo com a região – os ganhos no Sul e Sudeste são superiores ao restante do país – a especialidade e o profissional.

Estudante de medicina analisando exames de raio-x
Um campo em alta na Medicina tem sido a neurologia, devido também às sequelas neurológicas que a pandemia deixou na vida das pessoas (Imagem: Adobe Stock)

Tire as suas principais dúvidas sobre o curso de Medicina

Quer saber mais sobre o curso de Medicina? A seguir, apresentamos as dúvidas mais frequentes sobre a formação. Confira:

Qual a duração do curso de medicina?

O tempo mínimo de conclusão é 6 anos, com carga horária de 7.200 horas.

Qual a titulação do curso de Medicina?

Por determinação da Lei nº 13.270/16, a graduação em medicina garante a titulação de “médico”, substituindo a antiga denominação “bacharel em medicina”.

Quais instituições oferecem o curso de medicina?

O estudo Demografia Médica 2023 identificou 389 cursos de medicina no Brasil. Desse total, 121 são instituições públicas e 268 são privadas. A região Sudeste possui 150 cursos; enquanto no Nordeste são 101; o Sul contabiliza 58; o Norte, 44; e o Centro-Oeste, 36.

A lista completa pode ser acessada no Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC): https://emec.mec.gov.br/

O caminho é a aba "consulta avançada" e buscar por "curso de graduação". No campo "curso", digite o nome do curso e, em "situação", coloque "em atividade". Você também pode selecionar outros filtros, como modalidade ou UF. Por fim, digite o código de verificação e clique em "pesquisar".

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Qual o valor do curso de Medicina nas universidades privadas?

As mensalidades do curso de Medicina costumam ser as mais altas das instituições de ensino superior. Isso porque exige uma grande infraestrutura para a formação profissional. Assim, os valores mensais podem variar.

A seguir, confira alguns exemplos de mensalidade:

  • Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) – R$ 9.916,34
  • Universidade Positivo (UP) – R$ 9.182,40
  • Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA) – R$ 10.104,12
  • Centro Universitário de Votuporanga (Unifev) – R$ 9.472,00

Devido ao alto valor das mensalidades, o curso de Medicina em universidades privadas do Brasil é de difícil acesso para estudantes de baixa renda. As bolsas de estudo também são muito concorridas. Dessa maneira, surge como alternativa, os cursos em universidades de países vizinhos, como Paraguai e Bolívia

Em instituições paraguaias, a média das mensalidades é entre R$ 900 e R$ 1.500, enquanto as bolivianas estão entre R$ 700 e R$ 1.200. Porém, para obter o CRM e exercer a Medicina no Brasil, o formado em outros países precisa realizar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida).

Qual a nota de corte do Enem para o curso de Medicina?

No Sistema de Seleção Unificada (SiSU), a nota de corte média para Medicina pode variar conforme a instituição escolhida. Já que as notas de corte sofrem variações a cada ano, devido à concorrência e ao desempenho dos candidatos.

Confira as maiores notas de corte na categoria de ampla concorrência do SiSU 2024:

InstituiçãoUF Nota de corte
UFBA - Universidade Federal da BahiaBA938,25
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteRN927,63
Ufam - Universidade Federal do AmazonasAM926,63
UFMT - Universidade Federal do Mato GrossoMT900,66
UFMA - Universidade Federal do MaranhãoMA898,51

E veja também as menores notas de corte na categoria de ampla concorrência do SiSU 2024:

InstituiçãoUFNota de corte
UFPI - Universidade Federal do PiauíPI788,93
UEFS - Universidade Estadual de Feira de SantanaBA786,8
Unimontes - Universidade Estadual de Montes ClarosMG786,78
Unemat - Universidade do Estado de Mato Grosso
Carlos Alberto Reyes Maldonado
MT781,68
Ufersa - Universidade Federal Rural do Semi-ÁridoRN775,96

Como é a concorrência para o curso de Medicina nos vestibulares?

A concorrência para o curso de Medicina, ou seja, o número de candidatos que disputam cada vaga varia de acordo com a instituição de ensino, o tipo de vaga (ampla concorrência ou ação afirmativa) e o ano ou edição do processo seletivo.

Confira a concorrência (geral) de alguns vestibulares nas edições para o ingresso no ano de 2024:

InstituiçãoUFCandidato/Vaga
Unicamp - Universidade de São de CampinasSP295
Unesp - Universidade Estadual Paulista (Botucatu)SP267,8
USP - Universidade de São Paulo (São Paulo)SP117,7
Uerj - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro)RJ105,58
USP - Universidade de São Paulo (Ribeirão Preto)SP86,6
USP - Universidade de São Paulo (Bauru)SP78,2

Como passar no Enem e vestibulares no curso de Medicina?

Entrar em uma faculdade de Medicina via Enem ou vestibular exige um ótimo desempenho na prova. Isso quer dizer muito estudo, é claro, mas também traçar estratégias para garantir o melhor proveito das horas de preparação.

Destacamos 5 dicas do professor Paulo Jubilut para conquistar a aprovação:

  • como cada cérebro possui sua maneira de absorver informações, é importante encontrar o melhor método para você. Seja por áudio, leitura, repetição em voz alta, entre outros;
  • conversar com outros estudantes sobre o que é abordado em aula e sobre a rotina de estudo de cada um, a fim de encontrar alternativas;
  • trabalhar a memória e organização mental nos estudos, como um “atleta intelectual”;
  • criar metas de desempenhos semanais com relação à quantidade de aulas, exercícios e temas estudados;
  • pelo esforço necessário para passar no curso de Medicina e o período de estudos durante a formação, é fundamental que o estudante tenha a certeza de que essa área é a sua paixão.

👉 Leia também: Como recuperar sua motivação e encarar o vestibular de Medicina

Conclusão

O curso de medicina é o mais concorrido do Brasil. Mas conseguir o acesso a ele é apenas o começo de um longo caminho até se tornar médico. A exigência nos estudos e na vida profissional são constantes, por isso é importante ter paixão pela profissão e pelo cuidado com as pessoas.

No total, há 55 especialidades médicas registradas no CFM, sendo que 8 delas reúnem mais da metade dos médicos do país.

De acordo com a Federação Nacional dos Médicos (FENAM), o piso salarial sugerido para um médico é de R$ 18.709,99 por mês para 20 horas semanais de trabalho.

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Fabio Toledo

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