Revolução Industrial: resumo completo com o que você precisa saber
Esse longo período da História pode ser dividido em até quatro fases distintas, segundo alguns autores; reunimos o que há de mais importante sobre o tema
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A Revolução Industrial foi uma série de revoluções tecnológicas, econômicas e sociais que transformaram o mundo do trabalho e a maneira como os seres humanos se relacionam com o meio em que vivem. Podemos dividi-la em três ou quatro fases distintas, que são dividas de acordo com o período e local que ocorreram.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Contexto histórico e antecedentes da Revolução Industrial
A Revolução Industrial, que começou em meados do século 18 na Inglaterra, representou mudanças na produção, nas relações de trabalho e na sociedade em geral. Esse foi um marco na transição para o sistema capitalista.
Mas a Revolução Industrial faz parte de um processo mais longo, que tem suas origens no início da Baixa Idade Média, com o renascimento comercial e urbano. Já no século 11, a Europa passou por um longo processo de urbanização e desenvolvimento da produção manufatureira, que motivou as alterações que que ocorreram ao longo dos séculos seguintes, como o declínio do sistema feudal.
O desenvolvimento de melhores técnicas agrícolas durante a Baixa Idade Média permitiu o aumento da produção no campo e a subsistência da população urbana, que aumentava com o desenvolvimento das cidades.
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Colonialismo e a acumulação de capital
As bases da economia industrial na Europa se encontram na colonização da América. Riquezas americanas usurpadas pelas potências europeias permitiram o acúmulo de capital e financiaram a industrialização da Europa.
O desenvolvimento da economia mercantilista e o posterior fim do regime absolutista formaram as bases dessa malha industrial. Ao acumular metais preciosos (metalismo), a sociedade impulsionou a criação de bancos e o financiamento para a criação de indústrias.
Apesar de Portugal e Espanha serem os pioneiros nas Grandes Navegações, a Inglaterra acabou lucrando mais. Antes mesmo de os ingleses estabelecerem colônias na América, eles já enriqueciam com as Grandes Navegações. Inicialmente, a Inglaterra do século 16 usou o trabalho dos corsários, navegadores que invadiam e roubavam outros navios.
Muitas embarcações espanholas que transportavam ouro e prata da América para a Europa foram saqueadas por esses homens, que trabalhavam a mando da Coroa da Inglaterra.
Além disso, Portugal acabou em grande dívida com a Inglaterra por causa de acordos comerciais, como o Panos e vinhos, que beneficiaram os ingleses. Parte do ouro extraído do Brasil e enviado à Portugal, então, acabou em posse da Inglaterra.
A ampliação da economia europeia e o confisco de ouro e prata extraídos da América permitiu o acúmulo de capital nas mãos da alta burguesia inglesa e dos bancos. Esse cenário marcou o início da industrialização, e é o principal motivo para o pioneirismo inglês na Revolução Industrial.
Principais invenções
Ao longo do século 18 e 19, várias invenções tecnológicas se tornaram determinantes para o desenvolvimento industrial. Na primeira fase da Revolução Industrial, podemos citar o tear manual de John Kay (1733), a máquina de fiar (spinning-jenny) de James Hargreaves (1767), a Mule de Samuel Crompton (1779) e a máquina a vapor de James Watt (1776).
Para a segunda fase, foram importantes as invenções do navio a vapor de Robert Fulton (1807), do telégrafo de Samuel Morse (1836), do motor de combustão interna de Daimler (1873) e do telefone de Graham Bell (1876).
Política de cercamentos
A política de cercamentos caracteriza-se como a expropriação de terras comunais, aquelas utilizadas por um grande número de camponeses para sua subsistência. Com os cercamentos, essas terras foram cercadas para priorizar a criação de ovelhas, a fim de obter lã para as manufaturas e as primeiras indústrias têxteis.
Por meio dos “decretos anexos”, ou enclosure acts, o governo inglês implementou os cercamentos em áreas rurais por toda a Inglaterra, forçando camponeses a irem para as cidades em um processo de êxodo rural, algo que aumentou a disponibilidade de mão de obra industrial para os burgueses.
Os cercamentos foram essenciais para a industrialização da Inglaterra e deram fim às propriedades feudais que ainda existiam na Grã-Bretanha.
Causas da Revolução Industrial
Podemos apontar como causa da Revolução Industrial uma série de longas mudanças que começaram na Europa desde a Baixa Idade Média. Algumas delas, porém, começaram no século 17 e aceleraram o processo de urbanização e industrialização na Inglaterra.
Pioneirismo inglês
Desde o século 16, a Inglaterra fez grandes investimentos em sua frota naval, e passou controlar o comércio no oceano Atlântico. Ter importantes rotas marítimas em suas mãos e liderar colônias na América e na Ásia a partir do século 17 tornaram a Inglaterra uma grande potência econômica e militar da época.
Com as Revoluções Inglesas do século 17, que deram fim à monarquia absolutista na Inglaterra e garantiram poder político à burguesia, a Inglaterra adotou a monarquia parlamentar como forma de governo. Dessa maneira, o parlamento inglês criou legislações que facilitaram a industrialização, enquanto o Estado investiu na infraestrutura de transporte, como estradas e pontes, para facilitar o escoamento da produção e a ida dos trabalhadores para as fábricas.
Outros fatores contribuíram para o pioneirismo inglês, como a riqueza em carvão e ferro, matérias primas da Primeira Revolução Industrial.
Além disso, colônias inglesas nos Estados Unidos disponibilizavam algodão para as fábricas têxteis na Inglaterra, contexto no qual o comércio marítimo foi importante para distribuir produtos ingleses nos lugares onde a Inglaterra exercia alguma forma de controle ou influência.
Fases da Revolução Industrial
Não há um consenso sobre as datas da Revolução Industrial com exatidão, então a demarcação dos anos é aproximada. Afinal, esse foi um processo longo e não homogêneo. Ainda assim, a historiografia divide a Revolução Industrial em três ou quatro fases, a depender do autor.
O historiador brasileiro José Jobson de Arruda classifica as revoluções industriais da seguinte forma:
- Primeira Revolução Industrial (1750 a 1850)
Aconteceu na Inglaterra e esteve centrada na produção têxtil, movida pela energia a vapor; - Segunda Revolução Industrial (1850 a 1900)
Expandiu-se para outros locais do mundo, como Estados Unidos, Japão, Bélgica, França, Alemanha, Itália e Rússia. Caracterizada pela diversidade dos produtos e pelo uso da energia de derivados do petróleo; - Terceira Revolução Industrial (1900 a 1980)
Ficou marcada pela formação de multinacionais, automatização dos processos produtivos, produção em série, avanço da indústria química, eletrônica e o avanço das comunicações; - Quarta Revolução Industrial (a partir de 1980)
Tem como característica o intenso uso da informática e a facilitação da circulação de mercadorias.
Primeira Revolução Industrial
A primeira fase da Revolução Industrial (1750 a 1850) ocorreu exclusivamente na Inglaterra, quando essa nação passou a se industrializar a partir do século 18.
Nela, há início da industrialização e da formação da mão de obra operária com os cercamentos das terras comunais. Esse processo, forçou camponeses a irem para as cidades vender sua força de trabalho para as indústrias. O período se caracterizou pelo uso de energia a vapor, obtida principalmente com a queima de carvão.
Não havia legislações trabalhistas, ou seja, homens, mulheres e crianças trabalhavam de 10 a 16 horas por dia nas indústrias têxteis, sem qualquer regulamentação e em condições precárias.
Segunda Revolução Industrial
A segunda fase da Revolução Industrial (1850 a 1900) revelou o uso de fonte energética derivada do petróleo e da energia elétrica, e a industrialização de outras partes do mundo, como Estados Unidos, Japão, Rússia e outros países da Europa, como a França, a Bélgica, a Alemanha e a Itália.
Com a industrialização dessas nações, a competição por mercados consumidores e matéria prima passou a exercer grande influência em relações diplomáticas.
A expansão da industrialização e a competição entre as nações industrializadas gerou consequências catastróficas, como a partilha e a colonização do continente africano. Isso resultou em décadas de devastação natural, de usurpação de recursos e à morte de milhões de pessoas no continente.
Com os recursos extraídos em África, a industrialização na Europa, no Japão e nos EUA continuou a crescer. Cresceu também a competição entre as nações industriais e, em 1914, vivenciamos a Primeira Guerra Mundial.
Durante a segunda fase da Revolução Industrial, houve também avanços no transporte e na comunicação, com a criação do telégrafo, do telefone, da locomotiva a vapor e dos primeiros automóveis.
Na transição entre primeira e segunda Revolução, a classe trabalhadora passou a se organizar e lutar por melhorias nas condições de vida e trabalho. Ao analisar a vida dessas grupo, o filósofo Karl Marx construiu um importante estudo sobre o capitalismo, as relações de classe e o socialismo. Seu trabalho fundou o socialismo marxista e influenciou revoltas e revoluções no mundo, como a Revolução Russa de outubro de 1917.
Terceira Revolução Industrial
Não há consenso sobre o início da terceira fase da Revolução Industrial - alguns autores consideram que esse começo foi simultâneo à Primeira Guerra Mundial, outros defendem que o período bate com o fim da Segunda Guerra Mundial.
Com a expansão da industrialização para outras partes do mundo, como a América Latina, a África e partes da Ásia, há estudiosos que, inclusive, consideram que a terceira fase da Revolução Industrial ainda esteja ocorrendo.
A terceira fase trouxe o avanço nas tecnologias de informação, com o uso de satélites e o advento da internet. Houve também inovações tecnológicas nas áreas militar e química, e a automatização da produção.
Quarta Revolução Industrial
Alguns autores entendem que o início da Quarta Revolução Industrial se dá a partir da década de 1980. Ela se insere, portanto, no contexto de crescimento do sistema econômico neoliberal e declínio do socialismo real com a crise e posterior fim da União Soviética.
Não existe um consenso sobre essa datação, já que a industrialização resulta de complexos e longos processos ocorrendo de maneiras diferentes em cada local do mundo.
Essa quarta fase seria um aprofundamento das revoluções anteriores, com as tecnologias de informação e dados, o estreitamento das fronteiras para mercadorias e os mercados cada vez mais interligados.
Consequências da Revolução Industrial
A Revolução Industrial modificou o modo como a humanidade se relaciona com o meio. Ela estabeleceu novas relações de trabalho e uma estrutura social baseada em classes, além de solidificar o sistema capitalista e torná-lo hegemônico em todo o mundo.
O processo de industrialização acelerou a produção de mercadorias, mas também intensificou a devastação natural e as mudanças climáticas.
Como ficaram as relações de trabalho durante e depois da Revolução Industrial?
Com a industrialização e o fim das terras comunitárias nas áreas rurais, houve o lento e gradual processo de concentração de riquezas e de meios de produção sob poder da burguesia. E mais:
- a sociedade passou a ser estruturada a partir da classe - as mais altas eram detentoras dos meios de produção (fábricas, terras cultiváveis, maquinário de produção, bancos, etc.). Assim, novas relações sociais e de trabalho foram estabelecidas;
- os trabalhadores começaram a vender sua força de trabalho à burguesia;
- trabalhar não tinha mais relação direta com a subsistência dos trabalhadores, já que eles recebiam salário. Esse dinheiro compraria os produtos necessários para a sua sobrevivência, como alimentação, moradia, roupas, etc;
- no mundo industrial, o trabalho estava separado da vida do trabalhador, o que causava uma alienação social, conforme apontou a teoria marxista. Ou seja, em uma linha de montagem, o trabalhador produz parte do produto sem, muitas vezes, compreender a totalidade daquilo que está produzindo.
Para a teoria marxista, a relação entre trabalhadores e burgueses é desigual, pois os donos dos meios de produção ficam com a mais valia, que é a maior parte do valor do produto. Enquanto aqueles que o produziram detém a menor parte desse valor.
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Revolução Industrial no Brasil: principais informações
O Brasil experienciou alguns momentos de industrialização, mas que sem que isso se tornasse um projeto efetivo e duradouro até meados do século 20.
Durante o Segundo Reinado, Irineu Evangelista de Sousa, ou Barão de Mauá, financiou algumas indústrias nas áreas de comunicação, iluminação pública e transporte. Esse período, conhecido como Era Mauá, foi considerado um “surto industrial” que não se prolongou.
(Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
No início do período republicano, o Brasil até investiu em uma pequena malha industrial, com indústrias têxteis e de materiais de construção. Mas o processo de industrialização no Brasil, de fato, ocorreu durante a Era Vargas, quando o Brasil teve que diversificar sua economia por conta da crise do café.
Essa industrialização só ocorreu por conta do acúmulo de capital proveniente da economia cafeeira, que cresceu durante o Segundo Reinado.
Indústria brasileira do início do século 20
No começo do século 20, o Brasil recebeu operários imigrantes, especialmente de origem italiana, que trouxeram da Europa os ideais socialistas e anarquistas difundidos entre a classe trabalhadora. Com isso, assistimos à formação das primeiras organizações sindicais e à greve geral de 1917 em São Paulo.
Durante a Era Vargas (1930 a 1945), a industrialização passou a ser um projeto de governo, com a criação de empresas estatais. Vargas investiu na indústria pesada (siderurgia e maquinários) com ajuda de empréstimos dos Estados Unidos.
Surgiram, então, empresas como a Companhia do Vale do Rio Doce, de extração de minérios, e a Petrobrás - esta no segundo governo Vargas (1951 a 1954).
Depois, a indústria de bens duráveis, em especial automóveis, se desenvolveu no governo de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961). Seu comando priorizou a indústria de automóveis, em detrimento do transporte ferroviário. Houve ainda a concentração de indústrias automobilísticas na região do ABCD paulista (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema).
Resumo: Revolução Industrial
- A Revolução Industrial representou uma série de revoluções tecnológicas, econômicas e sociais que transformaram o mundo do trabalho e a relação dos seres humanos com o meio onde vivem;
- Acredita-se que ela tenha começado em meados do século 18, na Inglaterra, mas, por fazer parte de um processo extenso, lá na Baixa Idade Média, com o renascimento comercial e urbano, os ventos dessa revolução já sopravam;
- Com a ampliação da economia europeia e o confisco de ouro e prata extraídos da América, houve um acúmulo de capital nas mãos da alta burguesia inglesa e dos bancos, o que motivou o pioneirismo inglês na Revolução Industrial;
- Não há um consenso sobre as datas da Revolução Industrial com exatidão, então a demarcação dos anos é aproximada, ficando assim:
Primeira Revolução Industrial (1750 a 1850)
Destaque para a produção têxtil, movida pela energia a vapor, na Inglaterra;
Segunda Revolução Industrial (1850 a 1900)
Destaque para expansão industrial para outros países, diversidade dos produtos e uso de energia petroleira;
Terceira Revolução Industrial (1900 a 1980)
Destaque para a formação de multinacionais, automatização dos processos de produção e avanço das comunicações;
Quarta Revolução Industrial (a partir de 1980)
Destaque para o uso intenso da informática e a grande circulação de mercadorias; - A Revolução Industrial estabeleceu novas relações de trabalho e a estrutura da sociedade passou a se dividir em classes;
- Dessa maneira, houve lenta e gradual concentração de riquezas e de meios de produção sob poder da burguesia;
- No Brasil, o processo de industrialização se destacou durante a Era Vargas, quando foi necessário diversificar sua economia por conta da crise do café.
Como a Revolução Industrial cai no vestibular e no Enem?
O Enem adora cobrar as duas primeiras fases da Revolução Industrial na prova do primeiro dia, mas raramente traz a terceira fase na perspectiva histórica.
As transformações tecnológicas, como elas causaram mudanças na sociedade e de que maneira as pessoas se relacionam com o meio podem aparecer. Por exemplo, em questões sobre a relação entre as Revoluções Industriais e leis trabalhistas, de trânsito ou legislações que beneficiam a burguesia industrial.
Mudanças no mundo do trabalho, disputas entre classes sociais e a relação de poder entre os grupos detentores dos meios de produção e os trabalhadores também são temas presentes.
Nos vestibulares em geral, os processos que levaram ao início da industrialização na Inglaterra costumam ser lembrados, além da relação entre a indústria e as mudanças na paisagem e no clima.
Exemplo 1
(Enem PPL 2018) O parlamento britânico aprovou uma lei, em 1835, cujo objetivo era regular o tráfego crescente nas principais vias no interior da Inglaterra, uma espécie de “código rodoviário”. A lei de 1835 estabeleceu a velocidade máxima de 4 milhas por hora para veículos autopropulsionados. As regras foram revistas pelo parlamento em 1896, quando foi aumentada a velocidade máxima para 10 milhas. Em 1903, novamente elevou-se o limite de velocidade para 20 milhas por hora. Em 1930, aboliu-se o limite de velocidade para carros e motos.
ELIAS, N. Tecnização e civilização. In: ELIAS, N. Escritos e ensaios. Rio de Janeiro: Zahar, 2006 (adaptado).
O processo descrito alude à necessidade de atualização da legislação conforme
a) as transformações tecnológicas.
b) a renovação do congresso.
c) os interesses políticos.
d) o modo de produção.
e) a opinião pública.
Resposta: [A]
O texto fala sobre a Segunda Revolução Industrial, que começou em meados do século 19. Esse processo revolucionou a produção de automóveis, com a invenção do motor de combustão interna. Esse contexto fez necessário criar legislações para regularizar o trânsito de carros.
Exemplo 2
(Fuvest 2019) Sob qualquer aspecto, este [a Revolução Industrial] foi provavelmente o mais importante acontecimento na história do mundo, pelo menos desde a invenção da agricultura e das cidades. E foi iniciado pela Grã‐Bretanha. É evidente que isto não foi acidental.
Eric Hobsbawm, A Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. 19ª edição, p. 52.
A Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra nos decênios finais do século XVIII,
a) deveu‐se ao pioneirismo científico e tecnológico dos britânicos, aliado a uma grande oferta de mão de obra especializada e a uma política estatal pacifista e voltada para o comércio.
b) originou‐se das profundas transformações agrárias expressas pela concentração fundiária, perda da posse da terra pelo campesinato e formação de uma mão de obra assalariada.
c) vinculou-se à derrocada da aristocracia e à ascensão da burguesia, orientada pela política mercantilista e sintetizada na filosofia de Adam Smith.
d) resultou da supressão de leis protecionistas de inspiração mercantilista e do combate ao tráfico negreiro, com vistas à conquista de mercados externos consumidores.
e) decorreu da ampla difusão de um ideário Ilustrado, o qual teria promovido aquilo que o sociólogo alemão Max Weber descreve como o “espírito do capitalismo”.
Resposta: [B]
Entre os fatores que contribuíram para a Revolução Industrial na Inglaterra estão os cercamentos, políticas de expropriação de terras comunais que levaram a um grande processo de êxodo rural. O fenômeno favoreceu a concentração fundiária e a formação de uma massa de desempregados que migrou para as cidades e passou a trabalhar nas fábricas recém-inauguradas.