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Mapas do Brasil: saiba tudo sobre a geografia brasileira

Aprenda aspectos geográficos importantes do país por meio de diferentes mapas que retratam o clima, as bacias hidrográficas, os biomas e muito mais

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Provavelmente, você já viu mapas do Brasil em questões do Enem e de outros vestibulares. Essas provas costumam cobrar a interpretação dos candidatos sobre questões geográficas, naturais ou políticas.

Uma ferramenta fundamental para compreender a complexidade dos espaços geográficos é a cartografia. Ou seja, a arte e ciência de criar mapas. Assim, mergulharemos em uma variedade de mapas do Brasil, abrangendo aspectos políticos, climáticos, econômicos e demográficos, cada um oferecendo uma visão única das características do país.

Como entender, analisar e interpretar mapas

A primeira coisa a fazer para ler e analisar um mapa com eficiência é olhar seu título (se houver, lembrando que para um mapa não é obrigatório). O título vai indicar o tema do mapa.

Logo depois, é necessário identificar a escala. Ela indica a proporção entre as distâncias no mapa e é importante porque vai determinar se o mapa é mais detalhado (escala grande) ou mais amplo (escala pequena).

Em seguida, faça a análise da legenda para entender os símbolos, cores e linhas usados, pois ela é fundamental na interpretação das informações. Ela explicará as cores, símbolos e formas do mapa.

Além disso, observe também a orientação, geralmente representada pela rosa dos ventos, para determinar as direções. É comum ver a seta norte sendo destacada. Você consegue se localizar em um contexto maior a partir dela, principalmente se o mapa estiver em uma escala grande.

Por fim, contextualize cada um dos mapas do Brasil em seu propósito e cenário histórico e geográfico, e vá além da simples observação, interpretando o que o mapa revela sobre a área, como padrões de desenvolvimento, características naturais e demografia.

Que tal conhecermos juntos nossa Geografia por meio dos mapas do Brasil? 🗺️

Mapa político do Brasil: estados e capitais

Diversas propostas de divisões regionais do Brasil foram feitas desde 1913. A de Milton Santos, por exemplo, é baseada na difusão diferencial dos meios técnicos-científicos-informacionais e nas heranças do passado.

A divisão mais utilizada hoje foi elaborada em 1970 e atualizada em 1990 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seguindo a Constituição de 1988, que dava autonomia para os estados do Amapá, Roraima e Rondônia e criava o estado de Tocantins, onde antes era parte Norte de Goiás. Esta regionalização levou em conta aspectos físicos, socioeconômicos e sua formação histórica.

O mapa político do Brasil destaca as 5 regiões determinadas em 1990: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Os 26 estados e o Distrito Federal, com suas respectivas capitais, são destacados dentro das regiões.

Mapa político do Brasil dividido por estados e com capitais identificadas

Esta regionalização é importante para organizar políticas públicas e entender as relações entre os estados brasileiros. Além disso, o IBGE a criou para facilitar a amostragem das estatísticas coletadas até hoje.

Mapa climático do Brasil

O clima do Brasil varia bastante devido à extensão territorial, abrangendo desde o tropical no Norte até o temperado no Sul. Dessa forma, o mapa climático do Brasil ilustra essas diferenças e é essencial para entender os diversos climas e realidades do país. Massas de ar, latitude, altitude, correntes marítimas, continentalidade e maritimidade influenciam o clima.

O Brasil possui 6 climas principais (destacados no mapa abaixo).

Mapa do Brasil com climas identificados. Clima tropical, equatorial, semiárido, tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical

Os climas do Brasil são classificados conforme suas características da seguinte maneira:

  • Equatorial: amplitudes térmicas muito baixas entre 24 °C e 26 °C e ocorrência de chuvas convectivas regulares, conhecidas como “Chuva da Hora Certa”, que são impulsionadas pela intensa evapotranspiração na área.
  • Tropical: também chamado de Tropical Continental, Tropical Semiúmido ou apenas Tropical. Este clima apresenta estações chuvosas e secas bem definidas, e uma baixa amplitude térmica.
  • Semiárido: apresenta elevadas temperaturas o ano todo, entre 25 °C e 27 °C, com longos períodos de seca e poucas chuvas durante o ano.
  • Tropical Atlântico: possui uma amplitude térmica maior durante o ano, com temperaturas variando entre 18 °C a 26 °C, e precipitação anual entre 1.500 a 2.000 mm.
  • Tropical de altitude: caracteriza-se por um elevado nível de umidade e significativas precipitações, com chuvas anuais variando de 1.500 a 2.000 mm. As temperaturas oscilam entre amenas e quentes, geralmente na faixa de 18 °C a 26 °C.
  • Subtropical: possui uma alta amplitude térmica, podendo variar de 18 °C até temperaturas negativas com uma pluviosidade que não varia muito de 1.250 mm por ano.

Mapa dos biomas do Brasil

O Brasil possui uma grande diversidade de espécies por ser um país de dimensões continentais. São os biomas que organizam essas espécies em comunidades biológicas com características específicas.

Mapa de distribuição de biomas do Brasil dividido por estados. Amazônia cobrindo Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, metade do Mato Grosso e metade do Maranhão. Pantanal cobrindo parte do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Cerrado cobrindo parte do Maranhão, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, metade do Mato Grosso, metade do Mato Grosso do Sul, metade de Minas Gerais, metade do Piauí, metade da Bahia e parte de São Paulo. Caatinga cobrindo parte do Piauí, parte da Bahia, totalmente Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, parte do Pernambuco, parte de Alagoas e parte de Sergipe. Mata Atlântica cobrindo parte de Pernambuco, parte de Alagoas, parte de Sergipe, litoral da Bahia, metade de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, grande parte de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e metade do Rio Grande do Sul. Pampa cobrindo metade do Rio Grande do Sul.

Os principais biomas do Brasil são:

  • Amazônia: o maior bioma brasileiro possui uma floresta tropical densa e rica em biodiversidade.
  • Cerrado: Conhecido por sua vegetação de savana, com árvores esparsas e vegetação rasteira. É um bioma diverso em termos de fauna e flora.
  • Mata Atlântica: possui alta biodiversidade e grande número de espécies endêmicas. A Mata Atlântica é o bioma de floresta tropical mais desmatado do país, tendo 90% da sua extensão original destruída.
  • Caatinga: único bioma exclusivamente brasileiro, apresenta uma vegetação xerófila adaptada às condições áridas e semiáridas.
  • Pampa: ele só é encontrado no estado do Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por suas planícies de gramíneas adequadas à agricultura e pecuária.
  • Pantanal: o menor bioma do país possui uma das maiores diversidades de fauna com muitas espécies de aves, peixes e outros animais aquáticos. As áreas alagadas são uma das suas principais características.

Mapa dos domínios morfoclimáticos do Brasil

Os domínios morfoclimáticos são grandes áreas geográficas com características morfológicas e climáticas próprias, definindo a paisagem natural. Este conceito, desenvolvido pelo geógrafo Aziz Ab'Sáber, leva em conta a interação entre os elementos do clima, relevo, solo, vegetação e hidrografia.

Ilustração do mapa dos domínios morfoclimáticos do Brasil. O Amazônico abrange os estados da região norte, como Acre, Amazonas, Pará, Amapá, parte de Roraima e Rondônia e extremo norte do Tocantins. A Caatinga compreende o Ceará, oeste do Rio Grande do Norte, leste do Maranhã, Bahia, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O Cerrado ocupa todos os estados do Centro Oeste, o Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, sudoeste do Piauí, algumas áreas de Minas Gerais, do Tocantins e de Rondônia. O domínio de Mares de Morros ocupa o litoral desde o Nordeste até o Sul, ocupando grande parte de São Paulo. As araucárias aparecem em Santa Catarina, Paraná, e norte do Rio Grande do Sul. As pradarias acontecem somente no Rio Grande do Sul. As faixas de transição são áreas entre dois ou mais domínios.

No Brasil, os seis domínios morfoclimáticos descrevem e classificam as diferentes paisagens naturais, considerando tanto as formações vegetais quanto as características físicas e climáticas predominantes em cada região:

  • Amazônico: caracterizado pela floresta equatorial, clima quente e úmido, e uma vasta rede hidrográfica.
  • Cerrado: com vegetação de savana e clima tropical com duas estações definidas (seca e chuvosa).
  • Caatinga: único domínio exclusivamente brasileiro, apresenta vegetação xerófila adaptada ao clima semiárido.
  • Mata Atlântica: uma floresta tropical úmida ao longo da costa, com elevada biodiversidade e chuvas abundantes.
  • Araucárias: localizado ao Sul, com clima subtropical e presença de florestas de araucárias.
  • Mares de Morros: caracterizado por colinas arredondadas e cobertura vegetal diversificada, predominando em áreas de clima tropical úmido.

Além desses domínios, existem as faixas de transição, em que ocorre a mistura de características de dois ou mais domínios. Assim, nessas faixas, os elementos como vegetação, tipo de solo e condições climáticas são influenciados por domínios adjacentes, o que cria paisagens únicas e que não se encaixam estritamente em uma só classificação de domínio morfoclimático.

Bacias hidrográficas do Brasil em mapa

Uma bacia hidrográfica é uma área de terra onde todas as precipitações drenam para um corpo de água comum, como um rio, lago ou oceano, através de uma rede de rios, córregos e riachos.

A bacia hidrográfica inclui tanto a superfície da água quanto a terra por onde a água flui para chegar a esse corpo de água. As principais bacias hidrográficas do Brasil são:

  • Bacia Hidrográfica Amazônica;
  • Bacia Hidrográfica do Tocantins-Araguaia;
  • Bacia Hidrográfica do São Francisco;
  • Bacia Platina (Bacia do Paraná, do Paraguai e do Uruguai);
  • Bacia Hidrográfica do Parnaíba;
  • Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Oriental;
  • Bacia Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental;
  • Bacia Hidrográfica Atlântico Leste;
  • Bacia Hidrográfica Atlântico Sudeste;
  • Bacia Hidrográfica Atlântico Sul.

É possível identificar as regiões que as bacias brasileiras ocupam no mapa abaixo:

A ilustração representa o mapa de bacias hidrográficas do Brasil. A Amazônica abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. A bacia Tocantins-Araguaia compreende os estados do Tocantins, Pará, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e Distrito Federal. A bacia do São Francisco alcança os estados de Sergipe, Pernambuco, Minas Gerais, Bahia e Alagoas. A bacia do Parnaíba compreende os estados do Ceará, Maranhão e Piauí. A bacia hidrográfica do Paraná abrange territóriosde Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. A bacia do Paraguai abrange o estado do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. A bacia do Uruguai ocupa o sudoeste de Santa Catarina, o norte e oeste do Rio Grande do Sul. A bacia hidrográfica Atlântico Nordeste Ocidental está presente em grande parte do Maranhão e pequena parte do Pará. A Bacia Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental fica situada nos estados do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e pequena parte do Piauí. A bacia do Atlântico Leste ocupa territórios de Sergipe, Bahia e sudeste de Minas Gerais e Espírito Santo. A Bacia Hidrográfica do Atlântico Sudeste abrange os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e pequena parte do litoral do Paraná. A Bacia Atlântico Sul abrange o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e pequena parte de São Paulo.

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Mapa dos fusos horários do Brasil

Um fuso horário é uma região da Terra que tem o mesmo horário padrão. O conceito surgiu para padronizar a hora em diferentes lugares do mundo, considerando a rotação da Terra e sua divisão em 24 zonas longitudinais, cada uma abrangendo 15 graus de longitude.

Os fusos horários são definidos em relação ao Tempo Médio de Greenwich (GMT), com o horário local variando de acordo com a posição geográfica. Portanto, isso permite que as regiões do mundo sincronizem suas atividades diárias com o ciclo de luz e escuridão natural da Terra.

O Mapa do Brasil é dividido em quatro fusos horários. O fuso horário GMT -2 horas compreendem as ilhas de Fernando de Noronha, Trindade e Martin Vaz. O fuso horário GMT -3 horas compreende os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Ceará, Piauí, Maranhão, Amapá, Tocantins, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e metade do Pará. O fuso horário GMT -4 horas inclui metade do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e grande parte do Amazonas. O GMT -5 horas compreende o Acre e uma pequena parte do Amazonas.

O território brasileiro possui 4 fusos horários identificados no mapa acima. São eles:

  • UTC-5: abrange parte do estado do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Mato Grosso.
  • UTC-4: inclui a maior parte da Região Norte (exceto os estados e áreas mencionadas no UTC-5) e Mato Grosso do Sul.
  • UTC-3: é o fuso horário mais comum, abrangendo todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Nordeste, além do Distrito Federal e a maior parte dos estados do Centro-Oeste.
  • UTC-2: aplica-se apenas a algumas áreas insulares do Brasil, como o Arquipélago de Fernando de Noronha.

Mapa rodoviário do Brasil

As rodovias "BR" são vitais para o Brasil e desempenham um papel essencial na integração nacional e no desenvolvimento econômico. Elas conectam diferentes regiões e facilitam o transporte de pessoas e mercadorias, crucial para a movimentação de produtos agrícolas e industriais.

Apesar da importância dessas rodovias para o turismo e para a economia, o Brasil enfrenta a falta de intermodalidade no sistema de transporte. Essa deficiência limita uma boa logística e aumenta os custos e impactos ambientais, destacando a necessidade de um sistema de transporte mais integrado e diverso.

10 rodovias federais estão indicadas no mapa. BR-116, BR-101, BR-364, BR-230, BR-163, BR-153, BR-158, BR-174, BR-135 e BR-262.

O mapa rodoviário do Brasil apresenta as 10 principais rodovias federais que cortam o país, são elas:

  • BR-116: tem início no município de Fortaleza (Ceará) e termina em Jaguarão (Rio Grande do Sul).
  • BR-101: começa em Touros (Rio Grande do Norte) e termina em São José do Norte (Rio Grande do Sul), abrangendo praticamente todo o litoral brasileiro.
  • BR-364: liga Cordeirópolis (São Paulo) até Mâncio Lima (Acre), atravessando Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Rondônia.
  • BR-230: conhecida como rodovia Transamazônica. Liga a cidade de Cabedelo (Paraíba) à Lábrea (Amazonas).
  • BR-163: conecta as cidades de Tenente Portela (Rio Grande do Sul) e Santarém (Pará).
  • BR-153: chamada de rodovia Transbrasiliana. Liga Marabá (Pará) a Aceguá (Rio Grande do Sul), terminando na fronteira com o Uruguai.
  • BR-158: atravessa o país de Norte a Sul. Inicia na cidade de Redenção (Pará) e termina em Santana do Livramento (Rio Grande do Sul).
  • BR-174: responsável por interligar Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Roraima à Venezuela.
  • BR-135: liga São Luís do Maranhão e Belo Horizonte, atravessando Maranhão, Piauí, Bahia e Minas Gerais.
  • BR-262: ela interliga Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. A rodovia começa em Vitória (Espírito Santo) e termina em Corumbá (Mato Grosso do Sul), na fronteira com a Bolívia.

Mapa econômico do Brasil

O mapa identifica o PIB dos estados brasileiros por cores. O único estado com PIB acima de 2,5 trilhões é São Paulo. Em seguida, temos Minas Gerais e Rio de Janeiro com PIB acima de 800 bilhões. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem PIB acima de 400 bilhões. Os estados de Pernambuco, Bahia, Goiás, Distrito Federal, Pará e Mato Grosso possuem PIB maior do que 200 bilhões. Amazonas, Maranhão, Ceará, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul possuem PIB acima de 100 bilhões. Acre, Rondônia, Roraima, Amapá, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe possuem PIB de até 100 bilhões.

Entre os mapas do Brasil está o mapa econômico, que apresenta o Produto Interno Bruto (PIB) das unidades federativas do país, revelando disparidades econômicas significativas entre os estados.

Enquanto São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentam PIBs na casa dos trilhões de reais, refletindo suas economias robustas e diversificadas, outros estados, como Roraima e Alagoas, têm PIBs substancialmente menores, evidenciando um desenvolvimento econômico mais limitado.

Essas diferenças podem ser atribuídas a fatores como industrialização, infraestrutura, educação e acesso a mercados. Além disso, a desigualdade regional no Brasil é um desafio contínuo, com implicações para políticas públicas e esforços de desenvolvimento.

Mapa demográfico do Brasil

O mapa da demografia do Brasil fornece informações fundamentais para o planejamento e implementação de políticas públicas eficazes. Dessa forma, ele ajuda a orientar a distribuição de recursos, desenvolvimento de infraestrutura, educação, saúde e serviços sociais.

Além disso, a compreensão da demografia ajuda a prever tendências futuras, como o crescimento populacional ou declínio, movimentos migratórios e mudanças no mercado de trabalho, que são vitais para o planejamento econômico e sustentável a longo prazo.

Os estados com densidade demográfica entre 2,01 e 4,69 são Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Mato Grosso. Os estados com densidade demográfica entre 4,98 e 12,4 são Rondônia, Pará, Tocantins, Piauí e Mato Grosso do Sul. Estados com densidade demográfica entre 17,65 e 39,79 são Maranhão, Bahia, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Estados com densidade demográfica entre 52,4 e 66,7 são Santa Catarina, Paraná, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Estados com a maior densidade demográfica entre 76,25 e 444,07 são São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe, Alagoas e Pernambuco.

O mapa do IBGE acima retrata a densidade demográfica do Brasil em 2010, destacando notável concentração de população nas regiões Sudeste e Sul, enquanto o Norte e o Centro-Oeste apresentam densidades bem menores.

Extra: alguns mapas históricos do Brasil

Outros mapas históricos podem aparecer nas questões de vestibulares e do Enem. Assim, para ficar por dentro, listamos alguns mapas antigos do Brasil.

Mapa das capitanias hereditárias

Este foi o primeiro mapa oficial do país, separando as capitanias hereditárias, um sistema de administração territorial adotado por Portugal ao iniciar a colonização do Brasil, em 1534.

Mapa das capitanias hereditárias de 1534, descrevendo as primeiras capitais no litoral do Brasil. Do norte ao Sul, em ordem: Maranhão, Ceará, Rio Grande, Paraíba, Itamaracá, Pernambuco, Bahia de Todos os Santos, Ilhéus, Porto Seguro, Espírito Santo, São Tomé, São Vicente, Rio de Janeiro, Santo Amaro e Santana.

As faixas de terra foram concedidas a nobres ou pessoas de confiança da Coroa, chamados de donatários, que tinham o direito de passar a terra para seus herdeiros. Dessa maneira, esse sistema visava a ocupação e o desenvolvimento econômico do território com poucos custos para a Coroa.

No entanto, a maioria das capitanias não prosperou devido a fatores como resistência indígena, falta de recursos e conhecimento sobre o território.

Mapa do Brasil de 1709

O mapa do Brasil de 1709 evidencia a imponência territorial de São Paulo naquele período, ocupando uma vasta área que se estendia por grande parte do Sudeste e Sul do Brasil colonial.

O mapa do Brasil de 1709 descreve os estados do Grão-Pará, Maranhão, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande de São Pedro.

Este destaque territorial está ligado à crescente importância econômica da região, especialmente com o ciclo do ouro e a consequente expansão das áreas de exploração e povoamento para além do litoral. Além disso, a extensão do território de São Paulo nessa época reflete sua influência e o papel central que o estado colonial desempenharia no desenvolvimento econômico e na formação sociocultural do Brasil.

Mapa do Brasil de 1817

Este mapa retrata o Brasil após a repressão da revolta que ocorreu em Pernambuco, marcada por seu caráter republicano e separatista.

O mapa mostra o Brasil em 1817 com suas províncias imperiais após a Revolução Pernambucana. São descritos os estados do Grão-Pará, Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Piauí, Ceará, Rio Grande, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande de São Pedro.

A Revolução Pernambucana ocorreu devido às insatisfações da população local após a transferência da Corte Portuguesa ao Brasil. Além disso, o aumento de impostos e a nomeação de políticos e membros do Exército na região também incomodaram as elites locais.

A Coroa reprimiu o movimento, que chegou ao fim por conta das divergências entre as lideranças internas, até a invasão final da cidade de Recife. Como retaliação aos insurgentes, Dom João VI concedeu independência à comarca de Alagoas -- pertencente a Pernambuco até então --, visto que os proprietários rurais da região se mantiveram fiéis à Coroa durante o conflito.

Mapa do Brasil de 1822

Após o movimento rebelde em Pernambuco, o Império do Brasil, ainda sob a regência de Dom João VI, reorganizou seu território em províncias para fortalecer o controle centralizado e evitar novas insurgências. Assim, o mapa mostra a divisão administrativa do território brasileiro nesse contexto.

A ilustração mostra o mapa do Brasil de 1822, com províncias imperiais. São mostrados os estados do Grão-Pará, Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e a Cisplatina.

O mapa de 1822 retrata o Brasil logo após sua independência de Portugal. O território brasileiro foi dividido em várias províncias neste período. Mais tarde, elas se tornaram os estados da federação. Além disso, um aspecto notável do mapa é a presença do território da Cisplatina, correspondente à República Oriental do Uruguai.

A Cisplatina foi incorporada ao Brasil em 1821, tornando-se a província mais meridional do Império, mas sua presença como parte do Brasil foi curta, pois após um conflito que culminou na Guerra da Cisplatina (1825-1828), a região se tornou independente, formando o Uruguai.

Além disso, a inclusão do território da Cisplatina no mapa do Brasil Imperial ressalta a ambição territorial do recém-formado Império Brasileiro e a complexidade do cenário geopolítico sul-americano na época.

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Caio Neves

Analista Pedagógico de Geografia no Aprova Total. Graduando pela UFSC.

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