Dia Mundial do Meio Ambiente: o que pode cair no vestibular?
O tema é sempre lembrado na mídia, nos filmes, nas pautas políticas e em outros contextos. Mas e nos vestibulares, como ele aparece? Confira alguns repertórios para estudar
Acessibilidade
Em 5 de junho celebramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de chamar atenção das pessoas para a importância de preservar os recursos naturais no planeta.
Nesta data, temas como mudanças climáticas, desmatamento, energia limpa e outros ficam ainda mais evidentes na mídia e nas pautas políticas. Mas, não apenas hoje, como anualmente, eles são lembrados pelo Enem e outros vestibulares, tanto nas propostas de redação quanto nas questões.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Dia Mundial do Meio Ambiente: como surgiu?
O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, na Suécia.
Nessa conferência, diversos países se reuniram para discutir questões ambientais e a importância da preservação da natureza, escolhendo o dia 5 de junho como marco para promover essa conscientização.
A data estimula ações individuais e coletivas em prol da sustentabilidade, incentivando a adoção de práticas mais responsáveis em relação ao meio ambiente, tanto no âmbito pessoal quanto nas esferas governamentais e empresariais.
Temas sobre meio ambiente
A seguir, listamos alguns assuntos relacionados ao Dia Mundial do Meio Ambiente para ajudar você com possíveis repertórios de provas:
1. Conferências ambientais
A questão ambiental suscita importantes fóruns internacionais, da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (1972), em Estocolmo (Suécia), até a Cúpula da Terra (1992), no Rio de Janeiro, quando difundiu-se o conceito de “desenvolvimento sustentável”, e logo começaram as reuniões anuais, as COPs (Conferências das Partes).
Na COP-21, foi assinado o Acordo de Paris, o mais importante compromisso firmado entre as nações para a redução da emissão de gases do efeito estufa. Entender a relação entre esses grandes encontros internacionais e o avanço das mudanças climáticas é essencial.
2. Transição energética
A transição energética é o processo de redução da dependência de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral, em nome da utilização de fontes de energia que não emitam gases do efeito estufa. Eólica e solar são dois exemplos.
É uma alternativa cada vez mais urgente e tem profundo impacto na economia dos países, dada a necessidade de adaptar suas matrizes energéticas. É importante estar atento aos diferentes potenciais e
às características das diversas fontes de energia para dominar o assunto nos vestibulares.
No caso do Brasil, destaca-se a fonte hidroelétrica. Ela é limpa no que diz respeito aos gases do efeito estufa, mas tem grandes impactos ambientais na sua implantação, a exemplo da usina de Belo Monte.
3. Efeito estufa e mudanças climáticas
As mudanças climáticas têm afetado o planeta de forma cada vez mais intensa no século 21. Trata-se de uma transformação acelerada nas condições do clima mundial, em especial com o aumento do efeito estufa, causado pela emissão excessiva de poluentes.
O cenário atual mostra que as ocorrências tendem a se tornar mais preocupantes, com as secas prolongadas, que facilitam a desertificação de áreas semiáridas e o aumento de tempestades, que prejudicam regiões nas rotas de furacões.
É preciso ainda destacar o quanto tais acontecimentos impactam as cidades, facilitando inundações (como aconteceu no Rio Grande do Sul) e deslizamentos de terra.
4. Garimpo ilegal em terras indígenas
A contaminação dos recursos hídricos e pedológicos (os solos) por substâncias tóxicas causam danos graves para a populações em geral. No entanto, o principal exemplo de impacto social é do garimpo ilegal em terras indígenas brasileiras.
Como a extração é irregular, pois ocorre sem concessões do Estado brasileiro, facilita a predação dos recursos minerais, contaminando as águas com o mercúrio utilizado na atividade. Além disso, garimpeiros violam territórios sob controle indígena, que deveriam estar sob preservação segundo a legislação do país.
Não apenas a pauta socioambiental é importante para o seu repertório. Há também a ameaça que o garimpo ilegal oferece à segurança das comunidades indígenas. Elas são atacadas constantemente, inclusive por criminosos vinculados ao narcotráfico, à caça e pesca ilegais.
👉 Leia também:
10 temas de redação para treinar para o Enem 2024
E se a redação for sobre meio ambiente? Veja sugestões de repertórios
5. Tratamento do lixo e resíduos
Entre os temas sobre meio ambiente, a questão dos resíduos produzidos pela humanidade e o destino do lixo aparece em diversas escalas no Enem e nos vestibulares.
De um lado, está a realidade das grandes metrópoles, onde o descarte irregular pode facilitar inundações ao prejudicar o escoamento hídrico, e a falta de saneamento básico.
Do outro, está o impacto do acúmulo de plástico nos oceanos. Isso prejudica a fauna e os consumidores de pescados, indiretamente atingidos pela ingestão de resíduos microscópicos.
As provas podem abordar tais assuntos sob dois pontos de vista. Há um questionamento do modelo econômico de consumo excessivo e a necessidade de o Estado investir no tratamento dos resíduos, com aterros sanitários ou reciclagem.
6. Processo de desertificação das regiões
O processo de desertificação é um dos problemas ambientais que tendem a se agravar com as mudanças climáticas. As secas mais intensas e duradouras combinam-se à erosão do solo, provocada por práticas agrícolas e pecuárias antiquadas, principalmente nas regiões semiáridas.
O Sahel, faixa subúmida que circunda o deserto do Saara pelo sul, é um dos lugares mais afetados. Além disso, a perda de solos férteis se mostra um problema ainda mais amplo.
Dados da ONU indicam que, em 2019, o planeta estava perdendo 24 bilhões de toneladas de solos férteis anualmente, gerando a necessidade do manejo sustentável desse recurso.
Os estragos podem impactar severamente a produtividade agrícola e incentivar a retirada de vegetação de novos terrenos para a ampliação das lavouras, o que intensifica o problema, tornando-se um ciclo vicioso.
7. Escassez de água e gestão dos recursos hídricos
A escassez de água é um problema global decorrente da combinação de fatores naturais, como secas prolongadas e distribuição desigual de recursos hídricos, com fatores humanos, como o uso excessivo e inadequado da água.
A gestão dos recursos hídricos, por sua vez, refere-se às práticas e políticas adotadas para garantir a disponibilidade e a qualidade da água para diferentes usos. Ou seja, para consumo humano, agricultura, indústria e preservação ambiental.
É cada vez mais importante que governos, organizações e indivíduos trabalhem em conjunto para desenvolver e implementar políticas que:
- garantam o acesso equitativo à água potável;
- promovam a sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos;
- e protejam esse recurso vital para as gerações futuras.
8. Poluição atmosférica e seus impactos na saúde humana
A poluição atmosférica, originada pela queima de combustíveis fósseis e atividades industriais, traz sérios riscos à saúde humana. Composta por substâncias químicas e partículas nocivas, ela afeta diretamente o sistema respiratório, podendo causar ou piorar doenças como asma e bronquite.
Além disso, a exposição prolongada a poluentes como dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio pode levar a problemas cardiovasculares, como ataques cardíacos e hipertensão, devido à penetração dessas partículas na corrente sanguínea.
Esses e outros destacam a necessidade urgente de medidas para reduzir a emissão de poluentes e melhorar a qualidade do ar que respiramos.
9. Conservação da biodiversidade e extinção de espécies
O contexto da conservação da biodiversidade envolve a necessidade de proteger e preservar não apenas espécies individuais, mas também os ecossistemas em que vivem.
A extinção de espécies pode ter impactos negativos profundos em cadeias alimentares, na estabilidade dos ecossistemas e na resiliência dos sistemas naturais. Além disso, a perda de biodiversidade e de recursos genéticos que poderiam ser utilizados para a Medicina, agricultura e outros campos é irreparável.
Para enfrentar esse desafio, são necessárias ações integradas e coordenadas em níveis global, nacional e local, como:
- criação e implementação de áreas protegidas;
- manejo sustentável dos recursos naturais;
- combate à caça ilegal e ao tráfico de animais;
- educação ambiental;
- estímulo à pesquisa e à inovação em conservação;
- engajamento da sociedade civil, governos e setor privado na promoção de práticas e políticas sustentáveis.
10. Impactos da agricultura e pecuária no meio ambiente
A agropecuária tem impactos significativos no planeta, refletindo desafios ambientais complexos. A expansão agrícola, por exemplo, é uma das principais causas de desmatamento, especialmente em regiões como a Amazônia e o Cerrado
Esse cenário resulta na perda de habitats naturais, na redução da biodiversidade e no aumento das emissões de gases de efeito estufa devido à queima de vegetação.
A agricultura intensiva pode levar à degradação do solo, contaminação por agroquímicos, poluição da água e redução da qualidade dos recursos hídricos. No caso da pecuária, os principais impactos se relacionam à devastação de vegetação natural para áreas de pastagens e às emissões de gases do efeito estufa, como metano, decorrente da digestão do gado.
👉 Leia também: