Como é o curso de Medicina na USP?
Veja detalhes sobre a graduação, desde as formas de ingresso, as provas, os dados gerais sobre a estrutura dos campi e o currículo; confira ainda entrevista com um estudante da universidade, ex-aluno do Aprova Total
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Estudar Medicina na Universidade de São Paulo (USP) é o sonho de muitos vestibulandos, e não é para menos: a instituição é uma das mais prestigiadas do Brasil e do mundo.
As listas do Ranking de Xangai e do Times Higher Education, por exemplo, indicam a USP na 1ª colocação entre as melhores universidades do país em 2024. Além disso, o curso de Medicina é um dos mais concorridos e renomadas, com formação de excelência, infraestrutura completa, laboratórios de ponta e corpo docente qualificado.
O fato é que essa excelência vem acompanhada de uma grande concorrência. As provas são desafiadoras, e a preparação precisa ser de alto nível.
A seguir, é possível conhecer mais sobre o vestibular, a universidade e o curso de Medicina. Você confere ainda uma entrevista com quem está vivendo essa experiência na prática, o ex-aluno do Aprova Total João Pedro Ronqui, que já concluiu o primeiro ano no campus da USP em São Paulo.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Formas de ingresso na USP
A principal forma de ingresso na USP é o vestibular da Fuvest, composto por duas fases - uma prova objetiva, com questões de múltipla escolha; e outras provas dissertativas, dividida em dois dias consecutivos, que abrangem questões específicas para cada curso.
Outra possibilidade é o Enem-USP, que permite ao candidato com boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) concorrer a uma vaga na USP. Nesse caso, respeita-se a ordem decrescente da pontuação obtida, com aproveitamento dos candidatos até o limite das vagas estabelecido para cada curso, período e modalidade de concorrência.
A pontuação final varia de acordo com a ponderação dos pesos das notas das provas do Enem. O curso de Medicina considera para cada prova os seguintes pesos, com nota mínima de 500 em cada:
- Peso 2: Matemática e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias; Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e Redação.
- Peso 3: Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
Há também o ingresso por meio do Provão Paulista, um processo seletivo destinado a alunos de escolas públicas estaduais de São Paulo.
Como são as provas para entrar em Medicina na USP?
As provas para ingressar no curso de Medicina da USP são altamente seletivas e exigem uma preparação intensiva. A USP adota principalmente o vestibular da Fuvest para selecionar os candidatos, que é um dos mais concorridos do Brasil. Abaixo, explico como funcionam as provas de Medicina:
Primeira fase - Prova Objetiva
A primeira fase do vestibular da Fuvest é composta por uma prova objetiva com 90 questões de múltipla escolha. Essas questões abrangem avaliam o conhecimento básico dos candidatos, assim como sua capacidade de interpretar questões e textos.
Segunda fase - Provas Dissertativas
A segunda fase do vestibular da Fuvest é composta por três provas dissertativas, sendo duas de conhecimentos específicos e uma de redação. Para o curso de Medicina, as provas dissertativas são:
- Língua Portuguesa e Literatura
- Biologia
- Química
- Física
Neste momento, o candidato precisa mostrar um domínio mais profundo das matérias, já que as questões são abertas e interpretativas. Essas provas exigem respostas dissertativas, cálculos, análises e outras habilidades cognitivas, e a nota tem um peso maior no processo seletivo.
Já a prova de redação pede um texto dissertativo-argumentativo, e avalia aspectos como a clareza das ideias, a argumentação, a coesão textual e a estrutura do texto.
Mudanças e notas de corte
Até 2024, quem fazia o vestibular para o curso de Medicina deveria escolher entre as unidades de São Paulo, Ribeirão Preto ou Bauru na hora da inscrição. Mas isso mudou a partir do vestibular 2025: os candidatos agora devem selecionar Medicina como carreira geral e sua ordem de interesse para cada campus.
Assim, as Provas de Conhecimentos Específicos da segunda fase, que antes eram diferentes de um campus para outro, ficaram padronizadas com as disciplinas de Biologia, Geografia, Física e Química.
Em relação às notas de corte em 2024, a ordem entre as três faculdades de Medicina da USP, na ampla concorrência, ficou assim:
- Medicina (São Paulo) - 79 pontos
- Medicina (Ribeirão Preto) - 79 pontos
- Medicina (Bauru) - 77 pontos
Já no vestibular da Fuvest 2025, a nota de corte de Medicina é uma só - 79 pontos.
Dados gerais sobre o curso de Medicina na USP
A USP oferece o curso de Medicina nos campi da capital, São Paulo, e no interior, nas cidades de Ribeirão Preto e Bauru.
As três unidades (Faculdade de Medicina de São Paulo - FMUSP, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - FMRP, Faculdade de Odontologia de Bauru - FOB) são reconhecidas por sua formação de qualidade e seu alto índice de aprovação nas principais residências médicas do Brasil e do exterior.
O curso se destaca pela carga horária intensa e pelo equilíbrio entre teoria e prática. Veja informações básicas do currículo de Medicina na USP:
Em sua avaliação mais recente, o curso de Medicina da USP recebeu a nota máxima do Ministério da Educação (MEC): 5 (em uma escala de 1 a 5). A USP ainda é reconhecida por sua tradição em pesquisa científica, presente no currículo e nas oportunidades de envolvimento dos estudantes com projetos de extensão, inovação e saúde pública.
Entrevista: como é estudar Medicina na USP?
João Pedro Ronqui é ex-aluno do Aprova Total e está estudando Medicina na USP em São Paulo. Ele compartilhou um pouco de sua experiência, desde a preparação no cursinho até o final do primeiro ano, que concluiu em 2024.
Como são as aulas no primeiro ano de Medicina na USP?
As aulas do primeiro ano como um todo são mais teóricas e básicas, vemos bastante bioquímica, fisiologia de membranas, biologia celular... Digamos que não temos aquele contato com a Medicina, pelo menos no primeiro semestre. Muda um pouco no segundo semestre, mas ainda continua bem teórico.
Tem uma disciplina que se chama O Princípio do Desenvolvimento das Doenças, que faz uma integração de patologia, bioquímica, radiologia, imunologia, biologia, e aí temos contato com mais aspectos da Medicina em si. Mesmo assim, é muito densa, precisamos fazer quatro provas extensas, apresentar trabalhos e fazer exercícios toda semana.
Imagem: sala do Instituto de Ciências Biomédicas da USP/Arquivo Pessoal
Em relação às aulas práticas, o que tem de diferente é que a gente começa a fazer visitas às Unidades Básicas de Saúde (UBS), para entender como funciona o SUS e a universalidade. Temos também anatomia, principalmente do sistema digestório, com várias aulas no laboratório.
Resumindo, tive poucas atividades práticas no primeiro ano, mas o segundo semestre já vai fazendo uma integração da parte teórica do primeiro, avaliando o desenvolvimento das doenças e como interferem no equilíbrio de pessoas saudáveis.
A estrutura do campus contribui para a qualidade do curso?
Sim, ajuda bastante na qualidade do curso, principalmente no quesito bibliotecas e laboratórios. No primeiro ano, a gente tem aula tanto na Faculdade de Medicina (FMUSP), que fica em Pinheiros, em São Paulo, quanto no Instituto de Química (IQ-USP) e no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), que ficam na Cidade Universitária, localizada no bairro do Butantã.
A biblioteca da Faculdade de Medicina é linda, e foi o primeiro lugar que eu visitei. Fiquei encantado quando fui lá. É muito bom de estar, de estudar.
Imagem: Divisão de Biblioteca e Documentação (DBD-FMUSP)/Arquivo Pessoal
Os laboratórios, em especial o do Instituto de Ciências Biomédicas, lá na Cidade Universitária, que é onde temos as aulas de Anatomia, auxiliam muito. A gente aprende que eles estão sempre disponíveis para estudarmos fora das salas de aula, quando for preciso.
Quanto à localização, por mais que a Faculdade de Medicina fique em Pinheiros, no primeiro ano, quase todas as aulas são na Cidade Universitária, no Butantã. Muita gente acaba indo morar em Pinheiros e, de ônibus, leva de 40 minutos a 1 hora para chegar no campus. Tem que sair uma hora mais cedo e chega em casa uma hora mais tarde, então, tanto eu quanto meus colegas achamos um pouco cansativo.
Por mais que a questão da localização seja meio confusa às vezes, a partir do terceiro ano as aulas se concentram no mesmo lugar, e isso é muito bom. Ainda sobre a estrutura, o fato de ter o Hospital das Clínicas (HC) auxilia muito na qualidade do curso, porque algumas aulas acontecem lá. No primeiro ano são poucas, mas elas vão aumentando com o passar do tempo.
Faz a gente lembrar por que está fazendo Medicina, já que as aulas são com os próprios médicos, em um ambiente hospitalar, e isso é bem legal!
Como são as avaliações: o curso de Medicina tem mais provas ou trabalhos?
Temos mais provas. Existem os trabalhos, mas em poucas disciplinas. Alguns professores chegam a dar quatro provas para montar a média, outros apenas uma. Já os trabalhos acontecem no decorrer do semestre.
Na disciplina em que a gente visita as UBS, por exemplo, em cada ida, é necessário produzir um portfólio em primeira pessoa, a partir de uma escrita bem livre. Temos que relacionar algum princípio do SUS com algo visto nessa visita. É algo bem simples, apesar de ser um trabalho que vale nota e que vai para a média.
Na disciplina O Princípio do Desenvolvimento das Doenças, que é a causadora de pânico no segundo semestre, a gente tem quatro provas extensas às sextas-feiras, uma por mês. Muitas vezes, não dá tempo de responder tudo, pois as questões são todas discursivas e baseadas em um caso clínico.
Temos ainda um trabalho que chamamos de "Congresso": a gente entra em uma plataforma online, onde há vário "bonequinhos", e fica em um estande, mas cada um da sua própria casa, divididos em grupos, para falar sobre uma doença. E aí os professores vão passeando por essa sala para ouvir. Outra forma de avaliação são os exercícios de casa, que são um pouco mais complexos.
Que tipo de materiais você utiliza para estudar?
Os materiais variam muito de uma disciplina para a outra. No primeiro semestre, eu estudei muito por livros porque é uma disciplina mais básica. Então, no livro, como é aprofundado, você acaba tendo uma visão ampla sobre aquele assunto que na teoria é mais básico.
Já no segundo semestre começam a entrar muitas matérias complexas, e aí no livro pode ser um pouco confuso. Por isso, eu aproveitei muito as aulas dos professores, tanto presencial quanto videoaulas, mas também recorria a resumos e até mesmo à inteligência artificial - essa foi uma dica que os veteranos nos deram e realmente ajuda bastante.
Esse contato com os veteranos é muito legal, eles nos ajudam demais, às vezes com o resumo de uma aula do ano anterior, com materiais que não usam mais, provas antigas. Assim como nos vestibulares, usar as provas antigas para estudar é uma forma de entender como o professor pode cobrar determinado assunto.
O que você acha mais legal no curso de Medicina?
É legal poder cuidar das pessoas de uma forma segura, porque, na Medicina, a gente faz aquilo que todo mundo gosta de fazer, que é ter empatia e ajudar o próximo, mas com conhecimento e segurança. Você vê que realmente está ajudando!
A pessoa chega completamente mal, prostrada, caída, e com uma anamnese não tão demorada, o médico identifica o problema, faz os exames certos, passa os remédios.
Eu sei que isso não é 100% dos casos e que ainda estou no primeiro ano, mas adquirir essa consciência, de saber como vou ajudar alguém a ficar melhor, é a parte mais legal do curso de Medicina.
Por que você escolheu estudar da USP?
A USP sempre foi meu sonho, eu estava no 9º ano do Ensino Fundamental quando decidi que estudaria para fazer Medicina lá. Desde então, eu sonhava com isso, mas ainda era um sonho distante, eu só ia prestar o vestibular no 3º ano do Ensino Médio. E pelos relatos dos professores, ninguém passava direto, precisava de uns dois, três anos.
Mas ouvia sobre a estrutura, as oportunidades de pesquisa, sobre ter o maior hospital público da América Latina à disposição. Na primeira semana de aula, já recebi um crachá para ter acesso, para entrar nos institutos, acompanhar uma consulta, uma cirurgia, conversar com médicos, com professores!
Quando eu soube dessas informações e depois vi isso se tornando realidade, eu tive certeza. Vendo o resultado no começo do ano foi a realização daquilo que eu sempre quis.
Como o Aprova Total ajudou na sua aprovação?
O Aprova Total me ajudou de uma forma basicamente exclusiva, porque foi minha principal plataforma de estudo em 2023. Eu ainda estava no Ensino Médio pela manhã, mas não levava tão a sério. No Aprova, eu fiz o Super MED, que começa em janeiro, e estudei tanto para o Enem quanto para a Fuvest.
As aulas teóricas me ajudaram muito, assim como os exercícios e os simulados, toda essa parte prática, em todas as disciplinas.
Quais dicas você daria para quem deseja estudar Medicina na USP?
A primeira coisa é ter uma rotina de estudos, isso ajuda a não ficar perdido e saber onde está. Porque não basta conhecer o assunto que está estudando, você precisa entender o que deve estudar e quando estudar.
Quando eu penso na segunda fase, acho válido se aprofundar em alguns assuntos, por exemplo, Física, Química e Biologia. Na prova discursiva dessas matérias, você tem que responder com propriedade para ganhar os pontos da questão.
Além disso, eu nunca gostei de ficar na superficialidade, de apenas assistir às aulas e fazer só alguns exercícios. Eu pegava as anotações e resolvia os exercícios de fixação, principalmente das matérias que tinham mais peso para mim.
Por fim, o descanso é muito importante! Eu não estudava absolutamente nada no domingo, acordava tarde, ia jogar bola, ia para igreja à noite e voltava a estudar na segunda-feira. Meu tempo de estudo era de 6 a 7 horas diárias, conciliando com o 3º ano do EM.
Acho que quando a gente descansa, aprende mais fácil os conteúdos. Eu vi muitas pessoas ao meu redor, durante o vestibular da Fuvest, com os olhos vermelhos e cansados, mas eu estava descansado, e foi essencial.
Conheça o Super MED do Aprova Total
O Super MED é o cursinho do Aprova Total para quem busca a aprovação em Medicina e outros cursos de altíssima concorrência.
Assim como o João Pedro, que foi aprovado na USP em 2023, você vai encontrar uma preparação focada em alto desempenho, com um plano de estudos completo para garantir a sua melhor performance no Enem e nos vestibulares.
Atualmente, além de todos benefícios da plataforma - videoaulas, banco de exercícios, resumos, mapas mentais, banca de redação e muito mais - você conta com uma mentora inteligente 24 horas, a Kira! Ela está disponível para oferecer dicas personalizadas, tornando a preparação mais eficiente.
E o melhor, todo conhecimento fornecido pela Kira é validado pelo time pedagógico do Aprova Total, o que garante respostas 100% confiáveis para os seus estudos.
Com o Super MED não se trata de ESTUDAR MAIS. Trata-se de ESTUDAR MELHOR!
Veja os detalhes:
Início: 13 de janeiro de 2025
Duração do curso: 36 semanas
Duração do programa: 20h semanais
Material fornecido:
- Plano de estudos com foco no que importa;
- Videoaulas com professores especialistas, sinalizadas por nível de importância do assunto no Enem;
- Apostilas desenvolvidas para todas as disciplinas, do básico ao avançado;
- Mapas mentais, resumos e revisões direcionadas;
- Banco com 40 mil exercícios dos principais vestibulares do país;
- Simulados exclusivos no modelo Enem;
- Minicursos para resolver suas principais dúvidas - Matemática básica, Interpretação de Gêneros Textuais do Enem, Usos da Crase e outros;
- Orientações específicas para primeiras e segundas fases (com foco nas questões discursivas);
- Curso completo de redação para Enem e vestibulares;
- 4 créditos mensais para correções detalhadas feitas por nossos próprios corretores;
- Aulas semanais de Atualidades;
- Monitora inteligente com conhecimento validado pelo time pedagógico e muito mais.