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Provas do Enem 2022: professores do Aprova Total fazem análise completa

Já é Copa? A seleção da Aprova Total fez comentários sobre os dois dias do exame com os destaques de cada disciplina

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Mais aliviado(a)? As provas do Enem 2022 finalmente passaram, mas a gente sabe que é importante entender como cada disciplina apareceu, se a dificuldade seguiu o padrão das provas anteriores, se estava muito distante, se as questões estavam de acordo com o esperado etc. Por isso, uma análise do Enem 2022 faz total diferença para, de certa forma, concluir essa etapa.

Os professores que analisaram as provas do 1º dia tiveram a impressão de que o conteúdo cobrado ficou de acordo com as expectativas. Os que comentaram as provas do 2º dia também não identificaram muitas surpresas, principalmente em Matemática e Química. Já Biologia assustou um pouquinho com a presença de temas não tão convencionais – e a falta de outros, como problemas ambientais/poluição.

Confira a seguir a análise das questões de cada disciplina feita pela nossa equipe👇

Links para as provas e gabaritos do Enem 2022

1º Dia – Caderno 1 – Azul – Aplicação Regular

1º Dia – Caderno 2 – Amarelo – Aplicação Regular

1º Dia – Caderno 3 – Branco – Aplicação Regular

1º Dia – Caderno 4 – Rosa – Aplicação Regular

2º Dia – Caderno 5 – Amarelo – Aplicação Regular

2º Dia – Caderno 6 – Cinza – Aplicação Regular

2º Dia – Caderno 7 – Azul – Aplicação Regular

2º Dia – Caderno 8 – Rosa – Aplicação Regular

Análise do Enem 20221º dia

Linguagens

  • A prova de Linguagens foi mais fácil em relação aos anos anteriores (2021 e 2020), porém, mais difícil do que o padrão de 2018 e 2019. 
  • O exame cobrou o mesmo de sempre, sem nenhuma surpresa em termos de conteúdo e/ou abordagem. As questões clássicas sobre gêneros textuais, funções da linguagem, variação linguística, interpretação de poemas e características de escolas literárias, por exemplo, estavam todas presentes. 
  • Como de costume, algumas questões poderiam ser consideradas "subjetivas" e com bastante divergência entre os gabaritos extraoficiais. Mas elas foram minoria e não representaram a totalidade da prova.

Redação

  • A proposta foi muito bem estruturada. Em um primeiro momento, ela pode ter gerado medo e assustado os candidatos devido à amplitude do tema [Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil] e a preocupação em não tangencia-lo. 
  • O aluno poderia abordar as comunidades tradicionais como uma categoria ou abordar cada uma das comunidades que foram apresentadas nos textos motivadores. Além disso, como costumeiramente faz, o Enem trouxe, além do núcleo geral, núcleos que perpassam o grande tema, como a ideia de valorização. 
  • Assim, não havia uma maneira correta de abordar o tema, já que a própria prova deu muitas possibilidades para o estudante discorrer sobre o assunto.

Geografia

  • A prova deste ano superou as expectativas, principalmente quando comparada a 2021, que foi bastante interdisciplinar. Neste ano, as questões foram mais diversificadas e bem geográficas, trazendo diferentes subsídios, principalmente imagens e mapas. No geral, a prova seguiu o padrão dos anos anteriores, ou seja, para resolver as questões, o aluno precisava analisar e interpretar os fatos e/ou fenômenos. 
  • Dos temas abordados, vários foram contemplados em nossas lives de revisão e fazem parte dos assuntos mais cobrados em Geografia no Enem. Assim, não foi surpresa aparecerem assuntos como o espaço urbano e rural, geopolítica, globalização e questões ligadas à Amazônia, geologia, fluxos migratórios e aos blocos econômicos, por exemplo.
  • Uma questão que surpreendeu os estudantes foi a de escalas. Apesar de não ser um assunto cobrado com tanta frequência na prova, esse conhecimento geográfico (e matemático também) é superimportante!

História

  • A prova de História surpreendeu bastante, não apenas quanto aos conteúdos abordados, mas também com a interdisciplinaridade das questões. De forma sucinta, ela pode ser resumida como uma prova muito interpretativa, com exigência de conhecimento de conteúdos clássicos (como Estado Novo ou Guerra de Canudos) em alguns exercícios, mas pouco conteudista de forma geral. 
  • Especificamente em relação aos temas abordados, os tradicionais “arroz de festa” estavam lá: Segundo Reinado, República Oligárquica e Era Vargas, mas em sua maior parte de forma contextual e não conteudista. Além disso, também tivemos abordagens um tanto incomuns a conteúdos que aparecem com certa frequência, como a sociedade medieval, representada por uma questão que analisou um texto referente à Gália Merovíngia. 
  • Entretanto, o que “roubou a cena”, foram os textos trazidos por cada questão, desde trechos da Constituição de 1937 até clássicos da literatura de autores como Eduardo Galeano e Euclides da Cunha. Alinhados com comandos de questão que requisitavam interpretação por parte do aluno, esses textos aumentaram ainda mais o caráter interdisciplinar da prova. Por exemplo, a questão que analisava texto de Os Sertões articulava literatura, as relações entre homem e meio ambiente (Geografia ou Sociologia) e o contexto da Guerra de Canudos (História).
  • Assim, apesar de muita gente ter esperado uma prova de humanas mais “tradicional”, tivemos uma edição um tanto imprevisível, mas que conseguiu abordar de forma muito clara as competências e habilidades cobradas pelo exame.

Sociologia

  • Neste ano, assim como na edição passada, a Sociologia apareceu muito na prova de Ciências Humanas. Foi possível identificar temas da disciplina em 21 questões, o equivalente a aproximadamente 47% da prova. 
  • O Enem tem a característica de ser interdisciplinar, e na prova de Humanas a Sociologia cumpre bem o papel da ligação entre as disciplinas. Nas últimas edições, os principais temas que têm aparecido são cultura, trabalho, movimentos sociais e política.
  • Esses temas de Sociologia que vimos ao longo do ano e sempre revisamos foram bem contemplados dentro de uma prova interpretativa, que cobrou do estudante a capacidade de relacionar fontes diferentes e interpretá-las dentro da teoria sociológica.

Filosofia

  • Os conteúdos de Filosofia no Enem têm mudado nos últimos anos. Antes, apareciam com menos frequência filósofos da contemporaneidade. Mas, nas últimas edições, eles têm dado mais as caras na prova de Ciências Humanas!  
  • Já as questões mantiveram o padrão de serem interpretativas, conteudistas ou apresentarem as duas características simultaneamente. 
  • Os clássicos da Antiguidade estão sempre nas provas, nos mostrando que esse é o principal período da Filosofia para ser estudado. Neste ano, vimos a importância de estar bem afiado com os conteúdos e definições de conceitos. A diferenciação entre cosmogonia e cosmologia pegou muita gente! Nas aulas do Aprova Total, sempre falamos sobre esses conceitos!

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Matemática

  • Matemática não trouxe nenhuma surpresa, mantendo seus padrões de incidência dos últimos anos. Matemática básica dominou a prova, totalizando 17 questões e trazendo questões de interpretação, porcentagem, razão e proporção, escalas e lógica. 
  • As Geometrias também marcaram presença. Geometria espacial apareceu de forma expressiva com 8 questões, e Geometria plana, com 5 questões. Como de costume, a Geometria espacial trouxe seu clássico, cálculo da capacidade de reservatório, com conversão de litros para metros cúbicos, além de questões envolvendo planificação, prismas e cilindros. Um destaque deste Enem foram as questões de projeção, incluindo uma questão de projeção de esfera, algo incomum, já que a projeção de corpos redondos é pouco abordada no Ensino Médio.
  • Um dos terrores dos candidatos, o logaritmo, não apareceu na prova de 2022, assim como relações trigonométricas e medidas de dispersão. Já análise combinatória e probabilidade, funções e estatística tiveram 5 questões cada. O assunto de funções ganhou um direcionamento maior para as funções de 2º grau e, em estatística, as medidas de tendência central se destacaram, em especial a mediana. No entanto, as questões tradicionais de interpretação de gráficos e tabelas seguem sua hegemonia.

Química

  • As questões de Química surpreenderam bastante! As temidas questões de cálculo representaram uma parte pequena da prova, entretanto, as questões teóricas exigiram um conhecimento aprofundado e bem consolidado dos assuntos abordados.
  • Apesar de conteúdos mais simples como separação de misturas e reações químicas ainda marcarem presença, neste ano, os alunos tiveram novos desafios. As perguntas que envolviam estruturas de compostos orgânicos em diferentes pHs e ciclo do nitrogênio foram, entre todas, as que demandaram maior atenção e conhecimento.
  • Outra surpresa foi a falta de questões envolvendo pilhas, solubilidade e polaridade dos compostos orgânicos, identificação de funções orgânicas. Termoquímica também não esteve presente na prova. Porém, cinética química, meia vida e titulação, assuntos que não costumam aparecer no Enem, estavam nesta edição.

Física

  • Física não teve muitas surpresas! Eletrodinâmica continuou sendo o assunto mais cobrado, com destaque para potência e resistência elétrica. Fenômenos ondulatórios também estiveram presentes, assim como termologia, cinemática, óptica e dinâmica.
  • O que se destacou na prova foi a falta de questões mais robustas sobre ondulatória e óptica, muito presentes nas edições antigas. O grande número de questões teóricas e a presença quase inédita da física moderna também chamou a atenção. 
  • Além disso, o caráter interdisciplinar da Física ficou muito reforçado, com questões que poderiam ser analisadas do ponto de vista da Física e da Geografia, ou da Física clássica e da Física moderna. 

Biologia

  • A prova de Biologia teve nível médio para difícil. Os estudantes sentiram falta de questões de ecologia da parte ambiental, como poluição, que realmente não apareceram como nos anos anteriores. 
  • Havia algumas questões de nível difícil, como a questão do PCR e T. cruzi. Várias questões também envolviam bastante interpretação do enunciado, e isso acabou dificultando para alguns candidatos. Nessas questões, era realmente necessária a leitura do enunciado para chegar à alternativa correta. E, em algumas delas, o enunciado era muito importante, porque a resposta estava nele. 
  • Apareceram também algumas questões de assuntos não tão convencionais, como a da eritropoetina, a da fosforilação oxidativa e a da inativação do cromossomo X. Apesar de não serem assuntos esperados no Enem, eram questões muito parecidas com as de outras edições da prova, reforçando a importância de estudar com as provas dos anos anteriores.

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