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Altas temperaturas: o que o calor excessivo pode causar?

Entenda os efeitos adversos das altas temperaturas no cotidiano das pessoas, especialmente crianças, idosos e pessoas com comorbidades

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A esta altura, você já deve ter percebido que 2023 não veio para brincadeira. Ao longo do ano, diversos países registraram recordes atrás de recordes nas temperaturas. Além disso, com 2023 terminando, ele já se encaminha para se tornar o mais quente dos últimos 125 mil anos. Mas, afinal, diante desse cenário, você já se perguntou o que o calor excessivo pode causar?

No Brasil, na onda de calor de novembro, a cidade do Rio de Janeiro chegou a registrar 59,7ºC de sensação térmica, batendo mais um recorde histórico. No Pantanal, o bioma estava sendo devastado pelo fogo, e no norte do país, a seca na Amazônia segue com toda força.

O que o calor excessivo pode causar: ameaça silenciosa

Apesar das consequências ao meio ambiente dessa onda de calor, muitas pessoas esperam pela chegada de dias ensolarados. No entanto, por trás do brilho do sol, esconde-se um potencial impacto preocupante na saúde. O calor extremo não é apenas desconfortável, é uma ameaça silenciosa que pode afetar nossa saúde de diversas maneiras. 

O corpo costuma se manter a uma temperatura de 36,5ºC e, quando passa disso, responde com suor para perder calor para o ambiente. Esse mecanismo natural de resfriamento pode levar à desidratação, muitas vezes imperceptível. A falta de líquidos diminui não apenas nossa energia, mas também interfere na função cognitiva.

O calor também é um estresse a mais para o sistema cardiovascular. Para pessoas que possuem condições cardíacas pré-existentes, essa perturbação pode desencadear complicações graves, como infarto ou AVC. Isso acontece porque, em temperaturas mais altas, o coração passa a trabalhar mais rapidamente e a pressão arterial se eleva para acelerar a perda de calor. 

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A questão da umidade

Outro fator muito importante a ser considerado em relação ao calor é a umidade de onde você está.

Em locais secos, o corpo até aguenta temperaturas altas, desde que tenha água disponível, uma vez que a desidratação é acelerada porque o mecanismo de transpiração funciona normalmente. Ainda assim, locais secos podem trazer outros problemas. São eles:

  • ressecamento da pele e mucosas;
  • problemas respiratórios por conta do ressecamento;
  • agravamento de alergias por conta da presença de mais poeira no ar e irritação nos olhos.

Essa umidade tem um papel importante na percepção do calor em locais úmidos e na capacidade do corpo de resfriar-se de maneira eficiente. Quando ela está alta, a evaporação do suor, que é um mecanismo crucial de resfriamento do corpo, fica mais difícil, pois o ar já está cheio de vapor d’água. É por isso que a sensação térmica é mais alta nesses lugares.

Crianças, idosos e pessoas com comorbidades são mais suscetíveis aos efeitos adversos que calor excessivo pode causar. Por isso, a consciência, a proteção e a hidratação devem ser redobradas para esses grupos vulneráveis.

Homem se hidratando, calor excessivo
A hidratação é um cuidado essencial diante do calor excessivo (Imagem: FreePik)

O fenômeno El Niño deve continuar com toda a força e atingir o seu pico em dezembro de 2023, então, ainda devemos enfrentar mais situações como essa, e hábitos individuais de proteção devem ser adotados. Mantenha-se hidratado, evite a exposição prolongada ao sol, e esteja atento aos sinais do corpo!

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Paulo Jubilut

CEO do Aprova Total. É conhecido como "Professor Jubilut” por seu canal no YouTube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, o que faz dele o maior influenciador de Biologia do Brasil.

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