O Super El Niño em 2023 já é uma realidade?
Devido ao acúmulo de gases do efeito estufa, estamos retendo mais calor solar, o que intensifica determinados processos, como o El Niño
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Teremos um Super El Niño em 2023? Bom, o El Niño é um fenômeno conhecido por seus impactos globais no clima e, mais uma vez, está em destaque nos noticiários e nas preocupações de cientistas e ambientalistas.
Com a proximidade de um evento que promete ser significativo, é fundamental compreender seus efeitos e implicações, especialmente no contexto das mudanças climáticas que a humanidade enfrenta.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Entendendo o El Niño
Nos próximos meses, o Brasil continuará encarando os reflexos do El Niño, um fenômeno natural que causa o aquecimento excessivo das águas do Pacífico.
A Oscilação Sul do El Niño, também conhecida como ENSO, é um padrão climático que envolve a alternância periódica dos parâmetros meteorológicos do Pacífico equatorial. Essa oscilação apresenta três fases: quente, fria e neutra.
A fase quente, denominada El Niño, ocorre a cada dois a sete anos e se caracteriza pelo aumento da temperatura da superfície do mar ao longo da costa da América do Sul, propagando-se pelo oceano e liberando quantidades significativas de calor para a atmosfera.
O El Niño já está em andamento, e os especialistas preveem que isso, provavelmente, fará de 2024 o ano mais quente da história. No entanto, ele atingirá o seu ponto máximo ainda no final de 2023, estendendo-se até a próxima primavera.
Responsável por mudanças climáticas em todo o mundo, o fenômeno provoca extremos de chuva e seca, além de aumentar ou diminuir a incidência dos ciclones. Pensando em uma escala global, o El Niño contribui ainda mais para o aumento da temperatura da Terra.
Super El Niño em 2023
Apesar de ser um fenômeno natural, o El Niño traz algumas preocupações, já que as mudanças climáticas. intensificam sua atividade.
Devido à acumulação de gases de efeito estufa, estamos retendo mais calor solar, o que mexe em determinados processos.
Assim, surge a grande preocupação de que estamos falando: será que esse El Niño intenso pode se tornar um super El Niño em 2023?
Pesquisadores acreditam que o evento que começou este ano tem 80% de probabilidade de ultrapassar a intensidade moderada até o final de 2023. Eles também estimam uma chance de 25% de que o fenômeno exceda os 2°C em seu auge, tornando-se, então, um super El Niño.
El Niño no Brasil
Os impactos do El Niño provavelmente persistirão por vários meses. Como o Brasil possui dimensões continentais, por aqui, os efeitos são vários. Em certas localidades, ocasiona períodos de estiagem severa, em outros, chuvas intensas.
Mais especificamente, o fenômeno aumenta:
- o risco e a intensidade de secas e incêndios florestais nas regiões Norte e Nordeste;
- as temperaturas médias e a probabilidade de queimadas no Sudeste;
- a possibilidade de volumes significativos de chuva no Sul e Centro-Oeste do país.
À medida que observamos os sinais de um El Niño potencialmente "super" em 2023, somos lembrados da complexa interação entre fenômenos naturais e mudanças induzidas pelo homem em nosso planeta.
O clima não conhece fronteiras, e as ações humanas têm um papel significativo na intensificação desses eventos. No Brasil, então, onde a variabilidade climática já é uma realidade, o El Niño acrescenta mais uma camada de desafios.
Neste vídeo, falo um pouco sobre causas, consequências e possíveis soluções para o aquecimento global:
A compreensão e a conscientização sobre o El Niño e suas implicações são essenciais, não apenas para aqueles que se preparam para o vestibular, mas para todos nós como cidadãos globais. Por isso, devemos abraçar a Ciência, adotar práticas mais sustentáveis e continuar buscando alternativas para enfrentar os desafios climáticos que estão à nossa porta.
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