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Olimpíadas 2024: como os atletas estão se adaptando ao calor extremo?

A previsão é de que Paris alcance temperaturas recordes durante a competição. Veja como os atletas e os comitês olímpicos estão se preparando para lidar com o problema

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Os Jogos Olímpicos de 2024 acontecem em Paris, na França, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, durante o verão europeu.

A capital francesa sediou as Olimpíadas em 1924, mas agora, um século depois, está lidando com uma realidade climática completamente diferente: o calor extremo. As temperaturas na cidade subiram cerca de 3°C desde a última vez que os Jogos foram realizados lá, o que gera um novo nível de dificuldade para os atletas.

Em 2021, as Olimpíadas de Tóquio ficaram marcadas como as mais quentes da História. No entanto, Paris 2024 promete bater esse recorde, obrigando os atletas a se adaptarem a condições climáticas ainda mais desafiadoras.

Quais são os riscos do calor extremo à saúde dos atletas?

O relatório climático Rings of Fire, publicado pela Associação Britânica para o Esporte Sustentável e pela organização ambiental australiana Frontrunners em junho deste ano, destacou diversos potenciais riscos à saúde dos atletas que competirem nos Jogos Olímpicos de 2024.

Condições de calor extremo e umidade alta complicam a capacidade do corpo humano de perder calor de forma eficaz, dificultando a regulação da temperatura corporal.

Isso tem um impacto direto no desempenho físico, especialmente em eventos de longa duração, onde a exposição ao calor pode ser prolongada e extenuante.

Entre os riscos apresentados pelo relatório estão cãibras musculares, exaustão e colapsos que levam à perda súbita de consciência, como um desmaio.

👉 Leia também: Altas temperaturas: o que o calor excessivo pode causar?

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Como as atletas estão se preparando para lidar com o calor?

A capacidade de suportar o calor tornou-se um componente essencial nos treinamentos. Esportes de resistência exigem uma adaptação significativa dos atletas, que agora precisam incluir estratégias específicas para lidar com as altas temperaturas.

Treinar para as Olimpíadas agora é tanto sobre a capacidade dos atletas de lidar com o calor quanto sobre força e velocidade, principalmente para modalidades como maratona, marcha atlética e triatlo, nas quais as provas tendem a durar horas sem pausas.

A melhor maneira de uma pessoa se preparar para essa situação é a aclimatação. Mas isso envolve treinar no calor — não apenas estar no calor. Por isso, os métodos de treinamento podem ser bastante inusitados.

A equipe de hóquei da Bélgica, por exemplo, treinou em uma câmara com temperaturas de 50 ºC para se preparar para o calor intenso dos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021.

Alguns corredores de maratona também estão adotando métodos extremos para se aclimatar ao calor de Paris. Eles treinam usando várias camadas de roupa para simular o calor extremo e passam 30 minutos em uma sauna após os treinos a fim de aumentar sua tolerância às altas temperaturas.

🧊 Os coletes de gelo também se tornaram uma tática popular. Eles ajudam a manter a temperatura corporal baixa durante o aquecimento, permitindo que os atletas preparem seus músculos sem superaquecer o corpo.

Ar-condicionado virou item essencial

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2024 decidiu adotar medidas para reduzir o consumo de energia e a emissão de gases poluentes. Uma das ações foi não usar aparelhos de ar-condicionado na Vila Olímpica.

Como alternativa, construíram prédios em blocos separados, que permitem a circulação de correntes de vento, e ligaram o bairro à rede de refrigeração urbana. Trata-se de um sistema de resfriamento com enormes equipamentos e redes de distribuição que bombeiam água fria de rios, lagos ou mares.

No caso da Vila Olímpica em Paris, o sistema utiliza a água do rio Sena e tubulações subterrâneas, e promete reduzir a temperatura do ambiente em até 6 ºC. No entanto, muitos países temem que a solução não seja eficiente para enfrentar temperaturas que podem chegar aos 40 ºC, por isso, resolveram alugar climatizadores.

O Comitê Olímpico do Brasil, por exemplo, investiu R$ 290 mil para instalar aparelhos de ar-condicionado portáteis nos quartos dos atletas brasileiros, garantindo um ambiente mais confortável para recuperação e descanso.

👉 Leia também: Ondas de calor: como afetam o Brasil e outros países?

Consequências das mudanças climáticas

As mudanças climáticas estão transformando o mundo de maneiras inesperadas e as Olimpíadas não são exceção. A necessidade de adaptação ao calor extremo é apenas mais um exemplo de como os atletas e as organizações esportivas já devem se ajustar a essa nova realidade.

Afinal, quem poderia imaginar que um dia as condições climáticas seriam um fator tão determinante no maior evento esportivo do mundo?

Além dos atletas, a capital francesa também recebe turistas que irão assistir as competições e conhecer atrações turísticas na cidade.

E pensando em enfrentar as ondas de calor, Paris adotou medidas como a construção de estruturas cobertas para espectadores e a possibilidade de alterar horários de jogos ou realizar competições em momentos mais frescos do dia, como à noite, ou ao ar livre.

Por ser uma cidade que atrai muitos turistas anualmente, também conta com fontes de água e pontos de hidratação, além de museus, grandes lojas e igrejas que possuem sistemas de refrigeração.

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Paulo Jubilut

CEO do Aprova Total. É conhecido como "Professor Jubilut” por seu canal no YouTube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, o que faz dele o maior influenciador de Biologia do Brasil.

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