Tipos de lixo e seu impacto no meio ambiente
Conheça os diferentes tipos de lixo, segundo a origem dos resíduos sólidos, e as formas de tratamento e disposição final
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Lixo -- e os tipos de lixo -- é um dos assuntos relacionados a meio ambiente mais recorrentes nos noticiários e pode aparecer nas provas. Para ter uma dimensão dos seus impactos, é importante entender, primeiramente, que um dos princípios da natureza é a sua funcionalidade em ciclos. A decomposição do material orgânico nas florestas, por exemplo, é feita pela ação de microrganismos como fungos e bactérias. O material final da decomposição, então, nutre outras formas de vida. Entretanto, a modernidade, o consumismo, a industrialização e o estilo de vida ágil demandaram mudanças estruturais intensas, o que acabou rompendo com esses ciclos naturais.
Por isso, nesse blog vamos falar sobre os tipos de lixo, a situação do Brasil nesse contexto e também sobre as melhores formas de enfrentar esse problema.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
O que diz a lei e qual a situação do Brasil?
Aliás, um ponto importante a ser destacado é que, segundo a Política Nacional do Resíduo Sólido, devemos mudar a forma como falamos sobre o lixo, passando a chamá-lo de resíduo. Segundo a lei, é possível definir resíduo como “todo material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade”. Quando realizado o descarte desse resíduo não significa que ele não tem mais valor, mas sim que não é mais necessário para quem o descartou. No entanto, é possível que esse resíduo ainda seja útil, em sua forma original ou transformado.
A crise do lixo representa um problema global e demanda que todos os agentes envolvidos na cadeia de produção, utilização e descarte estejam atentos. Além disso, eles precisam ser responsáveis pelo real custo e impacto dos resíduos.
Segundo o relatório do Fundo pela Natureza realizado em 2019 pela WWF, o Brasil é o quarto país do mundo que mais gera plástico (um total de 11,3 milhões de toneladas). Mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%), mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) foram efetivamente recicladas. Nesse ritmo, até 2030, haverá o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2, é o que revela o estudo conduzido pelo WWF.
Os benefícios do plástico para a sociedade são muitos, mas a conveniência do descarte do uso único transformou essa inovação em um dos maiores danos ambientais modernos. Por isso, é necessário um pensamento crítico e uma mudança na forma como indústrias e governos lidam com a grande produção desses resíduos.
Tipos de lixo: classificação dos resíduos sólidos
Os resíduos são compostos por uma variedade imensa de materiais e cada um demanda um manejo adequado. Veja a seguir algumas das classificações:
Segundo o programa da coleta seletiva → Lixo seco X Lixo úmido: o primeiro é formado por materiais que têm potencial de serem reciclados (como vidro, metal, papel). Já o segundo é composto pela parte orgânica dos resíduos, como sobras de alimentos e cascas de frutas.
Segundo os riscos potenciais → Perigosos X Não perigosos: Aqui dividimos o lixo em classes. A classe I representa os perigosos, enquanto a classe II representa os não perigosos.
Tipos de lixo segundo a origem dos resíduos sólidos:
A) Domiciliar: resíduos provenientes de residências.
B) Comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes.
C) Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e limpeza das áreas públicas, limpeza de praias…
D) De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas odontológicas, laboratórios, farmácias. É potencialmente perigoso porque pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas e lâminas.
E) Industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos.
F) Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por embalagens de agrotóxicos, rações, adubos e dejetos da criação de animais.
G) Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições.
H) Lixo eletrônico: alguns exemplos são computadores, celulares, TVs e outros aparelhos eletrônicos. O solo e os lençóis freáticos acabam contaminados quando descartados de forma incorreta. Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos, é preciso que os fabricantes garantam aos equipamentos descartados um fim ambientalmente seguro.
Tratamento e disposição final do lixo
Compostagem: processo de degradação de resíduos orgânicos, os quais constituem mais da metade dos resíduos domiciliares. No final, o processo produz adubo e pode ser usado para nutrir as plantas. Há vários tutoriais na internet para realizar esse processo em pequenos espaços e apartamentos que não têm área verde.
Incineração: processo de queima em altas temperaturas recomendado para tipos específicos de resíduos como os hospitalares.
Reciclagem: reaproveitamento dos resíduos de forma a resguardar as fontes naturais e conservar o meio ambiente.
Lixão: depósito de lixo a céu aberto. Não há nenhum controle quanto aos tipos de resíduos depositados. Segundo a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (2010), o Brasil deveria extinguir os lixões e substituí-los por aterros sanitários até 2014. Entretanto, em 2019, sequer coletamos 8% do lixo produzido no Brasil. Além disso, no fim, 40% da coleta do lixo segue para ou aterros que não contam com medidas necessárias para garantir a segurança ambiental e das pessoas.
Aterro sanitário: local apropriado e que dispõe da maneira correta os resíduos sólidos que não podem passar pelo processo de reciclagem. Além disso, os descartes não podem causar danos à saúde pública ou ao meio ambiente. O tratamento dos subprodutos gerados (metano e chorume) é necessário para evitar a contaminação ambiental.
Coleta seletiva: é o destino ideal para os resíduos secos e recicláveis.
No Brasil, o processo de coleta e seleção dos resíduos passíveis de reciclagem é feito manualmente nas cooperativas. E, portanto, a separação entre reciclável e não reciclável já é suficiente. A composteira deve receber a parte orgânica do lixo não reciclável e os aterros sanitários recebem a pequena parte do que não pode ser reciclado ou composto.
AprovaDocs - Consequências do uso excessivo de plástico
O primeiro episódio do AprovaDocs, série de webdocumentários do Aprova Total, é sobre o uso excessivo de plásticos, uma das questões ambientais mais urgentes para a humanidade. Isso porque, atualmente, nossa produção de plástico é muito maior do que a capacidade do planeta de lidar com a sua decomposição. Confira aqui:
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