Destaque homepage Em alta ENEM Linguagens Literatura

Literatura no Enem: confira 12 questões resolvidas

Veja quais temas podem aparecer na prova com base na análise dos últimos anos e treine a partir de exemplos

Acessibilidade

Você sabe quais conteúdos ou questões de Literatura mais caíram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos últimos anos? Muitos deles têm grandes chances de aparecer novamente em 2025! Por isso, é importante reforçar o aprendizado com questões de Literatura resolvidas, que vão ajudar a entender como os temas são cobrados na prática.

Neste post, separamos exercícios comentados para você treinar interpretação, repertório literário e leitura crítica. Vamos lá?

Questões de Literatura no Enem

Selecionamos exemplos de questões de Literatura no Enem entre os assuntos de maior incidências na prova:

  • Literatura contemporânea (31,9%);
  • Modernismo (21,5%);
  • Artes (20%);
  • Escolas literárias (11,9%);
  • Poesia (8,9%).

Literatura contemporânea - Exemplo 1

(Enem 2023)  Enquanto estivemos entretidos com os urubus outras coisas andaram acontecendo na cidade. A Companhia baixou novas proibições, umas inteiramente bobocas, só pelo prazer de proibir (ninguém podia cuspir pra cima, nem carregar água em jacá, nem tapar o sol com peneira, como se todo mundo estivesse abusando dessas esquisitices); mas outras bem irritantes, como a de pular muro pra cortar caminho tática que quase todo mundo que não sofria de reumatismo vinha adotando ultimamente, principalmente os meninos. E não confiando na proibição só, nem na força dos castigos, que eram rigorosos, a Companhia ainda mandou fincar cacos de garra a nos muros. Achei isso um exagero, e comentei o assunto com mamãe. Meu pai ouviu lá do quarto e veio explicar. Disse que em épocas normais bastava uma coisa ou outra, mas agora a Companhia não poda admitir nenhuma brecha em suas ordens; se alguém desobedecesse à proibição podia se cortar nos cacos; se alguém conseguisse pular um muro quebrando o corte de alguns cacos, ou jogando um couro por cima, era apanhado pela proibição, nhoc – e fez o gesto de quem torce o pescoço de um frango.

VEIGA, J. J. Sombras de reis barbudos. Rio do Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.

Sob a perspectiva do menino que narra, os fatos ficcionais oferecem um esboço do momento político vigente na década de 1970, aqui representado pelo 

a) culto ao medo, infiltrado em situações do cotidiano.
b) sentimento de dúvida quanto à veracidade das informações.
c) ambiente de sonho, delineado por imagens perturbadoras.
d) incentivo ao desenvolvimento econômico com a iniciativa privada.
e) espaço urbano marcado por uma política de isolamento das crianças. 

Resposta: [A]
O texto de J. J. Veiga narra proibições absurdas e rigorosas impostas pela Companhia, refletindo uma atmosfera de controle e repressão. Esse controle extremo representa uma alegoria do regime ditatorial vigente na década de 1970, onde o medo era uma ferramenta para manter a ordem e o poder. O narrador descreve as medidas punitivas e a sensação de vigilância constante, evidenciando um cenário onde o medo está presente nas situações cotidianas.

Literatura contemporânea - Exemplo 2

(Enem 2023)  Migalhas

Entre a toalha branca e um bule de café

seria inapropriado dizer

eu não te amo mais.

Era necessário algo mais solene,

um jardim japonês

para as perdas pensadas,

um noturno de tempestade

para arrebentar de dor,

uma praia de pedras para chorar

em silêncio, uma cama alta

para o incenso da despedida,

uma janela

dando para o abismo.

No entanto você abaixa os olhos

e recolhe lentamente as migalhas de pão

sobre a mesa posta para dois.

MARQUES, A. M. A vida submarina. São Paulo: Cia das Letras 2021.

Nesse poema, a representação do sentimento amoroso recupera a tradição ‘rica, mas se ajusta à visão contemporânea ao 

a) invocar o interlocutor para uma tomada de posição.
b) questionar a validade do envolvimento romântico.
c) diluir em banalidade a comoção de um amor frustrado.
d) transformar em paz as emoções conflituosas do casal.
e) condicionar a existência da paixão a espaços idealizados.

Resposta: [C]
O texto descreve um momento de ruptura amorosa de forma delicada e cotidiana, contrastando situações solenes e dramáticas com a simplicidade de recolher migalhas de pão. Essa abordagem evidencia como um evento profundamente emocional pode se manifestar de maneira banal e sutil no dia a dia. A descrição de um cenário trivial para um momento tão significativo ilustra a ideia de que, na contemporaneidade, a intensidade emocional pode ser diluída em gestos simples e rotineiros. 

Modernismo - Exemplo 1

(Enem 2019) HELOÍSA: Faz versos?

PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos... Sonetos... Reclames.

HELOÍSA: Futuristas?

PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência... Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.

ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.

O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura

a) preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas.
b) conservadora, ao optar por modelos consagrados.
c) preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
d) nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
e) eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.

Resposta: B
A resposta de Pinote ao questionamento de Heloísa sobre o estilo do poeta ser o futurismo revela o conservadorismo da sociedade brasileira dos anos 30. Além disso, o fato de ter abandonado esse estilo para fazer poesia nos moldes clássicos justificava-se pela necessidade de aceitação do público da época e garantia da sua própria sobrevivência financeira.

Modernismo - Exemplo 2

(Enem 2016)  A partida de trem

Marcava seis horas da manhã. Angela Pralini pagou o táxi e pegou sua pequena valise. Dona Maria Rita de Alvarenga Chagas Souza Melo desceu do Opala da filha e encaminharam-se para os trilhos. A velha bem-vestida e com joias. Das rugas que a disfarçavam saía a forma pura de um nariz perdido na idade, e de uma boca que outrora devia ter sido cheia e sensível. Mas que importa? Chega-se a um certo ponto – e o que foi não importa. Começa uma nova raça. Uma velha não pode comunicar-se. Recebeu o beijo gelado de sua filha que foi embora antes do trem partir. Ajudara-a antes a subir no vagão. Sem que neste houvesse um centro, ela se colocara do lado. Quando a locomotiva se pôs em movimento, surpreendeu-se um pouco: não esperava que o trem seguisse nessa direção e sentara-se de costas para o caminho.

Angela Pralini percebeu-lhe o movimento e perguntou:

— A senhora deseja trocar de lugar comigo?

Dona Maria Rita se espantou com a delicadeza, disse que não, obrigada, para ela dava no mesmo. Mas parecia ter-se perturbado. Passou a mão sobre o camafeu filigranado de ouro, espetado no peito, passou a mão pelo broche. Seca. Ofendida? Perguntou afinal a Angela Pralini:

— É por causa de mim que a senhorita deseja trocar de lugar?

LISPECTOR, C. Onde estivestes de noite. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980 (fragmento).

A descoberta de experiências emocionais com base no cotidiano é recorrente na obra de Clarice Lispector. No fragmento, o narrador enfatiza o(a)

a) comportamento vaidoso de mulheres de condição social privilegiada. 
b) anulação das diferenças sociais no espaço público de uma estação.   
c) incompatibilidade psicológica entre mulheres de gerações diferentes. 
d) constrangimento da aproximação formal de pessoas desconhecidas. 
e) sentimento de solidão alimentado pelo processo de envelhecimento.

Resposta: [E]
A narrativa apresenta uma situação cotidiana em que duas mulheres, de diferentes idades, se encontram em um trem. Dona Maria Rita, uma senhora, demonstra sinais de perturbação e solidão ao interagir com Angela Pralini, uma mulher mais jovem. A conversa sobre a troca de lugares, e a subsequente recusa de Dona Maria Rita, revela uma sensação de desconforto e isolamento da idosa, que é um tema comum nas obras de Lispector. 

Artes - Exemplo 1

(Enem 2020) Sou o coração do folclore nordestino

Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá

Sou o boneco de Mestre Vitalino

Dançando uma ciranda em Itamaracá

Eu sou um verso de Carlos Pena Filho

Num frevo de Capiba

Ao som da Orquestra Armorial

Sou Capibaribe

Num livro de João Cabral

Sou mamulengo de São Bento do Una

Vindo no baque solto de maracatu

Eu sou um auto de Ariano Suassuna

No meio da Feira de Caruaru

Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta

Levando a flor da lira

Pra Nova Jerusalém

Sou Luiz Gonzaga

E sou do mangue também

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte

Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

LENINE; PINHEIRO, P.C. Leão do Norte. In: LENINE; SUZANO, M. Olho de peixe. São Paulo: Vetas. 1993 (fragmento).

O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a cultura popular nordestina. Nele, o artista exalta as diferentes manifestações culturais pela

a) valorização do teatro, música, artesanato, literatura, dança, personagens históricos e artistas populares, compondo um tecido diversificado e enriquecedor da cultura popular como patrimônio regional e nacional.

b) identificação dos lugares pernambucanos, manifestações culturais, como o bumba meu boi, as cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais, fazendo com que essa canção se apresente como uma referência à cultura popular nordestina.

c) exaltação das raízes populares, como a poesia, a literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito, como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido cultural, que transforma o popular em erudito.

d) caracterização das festas populares como identidade cultural localizada e como representantes de uma cultura que reflete valores históricos e sociais próprios da população local.

e) apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do bumba meu boi e dos autos como representação da musicalidade e do teatro popular religioso, bastante comum ao folclore brasileiro.

Resposta: B
O fragmento da letra da canção é representativo na cultura nordestina por enumerar lugares e manifestações artísticas, assim como tradições e costumes do povo daquela região.

Artes - Exemplo 2

(Enem 2021) 

Exercício de artes Enem

A obra, da década de 1960, pertencente ao movimento artístico Pop Art, explora a beleza e a sensualidade do corpo feminino em uma situação de divertimento. Historicamente, a sociedade inventou e continua reinventando o corpo como objeto de intervenções sociais, buscando atender aos valores e costumes de cada época.

Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo feminino tem sido constituída pela

a) realização de exercícios físicos sistemáticos e excessivos.   
b) utilização de medicamentos e produtos estéticos.   
c) educação do gesto, da vontade e do comportamento.   
d) construção de espaços para vivência de práticas corporais.   
e) promoção de novas experiências de movimento humano no lazer.   

Resposta: [C]
A obra de Lichtenstein apresenta uma mulher em uma pose sugestiva, destacando sua beleza e sensualidade, aspectos frequentemente explorados na Pop Art. O enunciado menciona que a sociedade historicamente reinventa o corpo feminino como objeto de intervenções sociais para atender aos valores e costumes de cada época. Neste contexto, a erotização do corpo feminino está diretamente relacionada à educação do gesto, da vontade e do comportamento, elementos que moldam como a feminilidade e a sensualidade são expressas e percebidas.

👉 Leia também:

Coesão e coerência: competências 3 e 4 da redação do Enem

Funções da linguagem: o que são e como usar cada uma delas

Escolas literárias - Exemplo 1

(Enem PPL 2022) Duas castas de considerações fez de si para consigo o cauto Conselheiro. Primeiramente foi saltar-lhe ao nariz a evidência de que ministro não visita empregado público, ainda que in extremis, mesmo a uma braça, ou duas, acima do chapéu do amanuense mais bisonho. Também não visita escritor enfermo por ser escritor, e por estar enfermo. Seriam trabalhos, ambos, a que não se daria um ministro, nem sempre ocupado das cousas, altas ou baixas, do Estado.

O tempo ministerial não se vai perdulariamente, não se faz em farinhas. Os titulares esquivam-se até a suspirar, que os suspiros implicam o desperdício de minutos se o suspiro é de minutos, além de permitirem ilações perigosas sobre a estabilidade do ministro, quando não do próprio gabinete.

A segunda ponderação remeteu-o à certeza de que terminantemente chegavam ao cabo seus dias; e de que as esperanças eram aéreas, atado agora à cama até que o encerrassem na urna, como um voto eleitoral frio.

MARANHÃO, H. Memorial do fim: a morte de Machado de Assis. São Paulo: Marco Zero, 1991.

O texto relata o momento em que, no leito de morte, Machado de Assis recebe a visita do Barão do Rio Branco, ministro de Estado. Criando a cena, o narrador obtém expressividade ao

a) representar com fidelidade os fatos históricos.
b) caracterizar a situação com profundidade dramática.
c) explorar a sensibilidade dos personagens envolvidos.
d) assumir a perspectiva irônica e o estilo narrativo do personagem.
e) recorrer a metáforas sutis e comparações de sentido filosófico.

Resposta: D
A alternativa A está incorreta, pois o texto mistura realidade com ficção, não atendendo fielmente aos fatos históricos relacionados com a morte de Machado de Assis; a alternativa B está incorreta, porque o texto faz uma paródia do estilo machadiano, misturando duas das suas principais características - ironia e niilismo; a alternativa C está incorreta, pois o texto desvenda a aparência enganadora dos seus personagens, desmascarando o “jogo” das relações sociais - aparência X essência; por fim, a alternativa D está incorreta, pois expressões como “saltar-lhe ao nariz”, a associação da urna eleitoral com um caixão e do morto a um voto eleitoral frio constituem metáfora irônica e comparação sarcástica.

Escolas literárias - Exemplo 2

(Enem 2022)  A escrava

– Admira-me –, disse uma senhora de sentimentos sinceramente abolicionistas —; faz-me até pasmar como se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, no presente século, no século dezenove! A moral religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem alto esmagando a hidra que envenena a família no mais sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em torno da sociedade, e dizei-me:

– Para que se deu em sacrifício, o Homem Deus, que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não era verdade que seu sangue era o resgate do homem! É então uma mentira abominável ter esse sangue comprado a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes o abutre que a corrói constantemente!... Não sentis a desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?

Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela é, e sempre será um grande mal. Dela a decadência do comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; porque o seu trabalho é forçado.

REIS, M. F. Úrsula outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.

Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, o conto descortina aspectos da realidade nacional no século XIX ao 

a) revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas escravizadas.   
b) apontar a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão.   
c) sugerir práticas de violência física e moral em nome do progresso material.   
d) relacionar o declínio da produção agrícola e comercial a questões raciais.   
e) ironizar o comportamento dos proprietários de terra na exploração do trabalho.   

Resposta: [B]
O texto critica a hipocrisia de defender a escravidão enquanto se professam valores cristãos de liberdade e igualdade. A personagem abolicionista expõe a incoerência entre a moral religiosa e a prática da escravidão, destacando a desmoralização da sociedade que permite tal contradição. Assim, o conto evidencia a hipocrisia do discurso conservador na defesa da escravidão, fazendo da alternativa (b) a resposta correta.

Poesia - Exemplo 1

(Enem 2021)  Se for possível, manda-me dizer:

– É lua cheia. A casa está vazia –

Manda-me dizer, e o paraíso

Há de ficar mais perto, e mais recente

Me há de parecer teu rosto incerto.

Manda-me buscar se tens o dia

Tão longo como a noite. Se é verdade

Que sem mim só vês monotonia.

E se te lembras do brilho das marés

De alguns peixes rosados

Numas águas

E dos meus pés molhados, manda-me dizer:

– É lua nova –

E revestida de luz te volto a ver.

HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 2018. 

Falando ao outro, o eu lírico revela-se vocalizando um desejo que remete ao

a) ceticismo quanto à possibilidade do reencontro.   
b) tédio provocado pela distância física do ser amado.  
c) sonho de autorrealização desenhado pela memória. 
d) julgamento implícito das atitudes de quem se afasta.  
e) questionamento sobre o significado do amor ausente.   

Resposta: [C]
No poema, o eu lírico revela um desejo profundo e nostálgico, que é reforçado pelas lembranças de momentos compartilhados e pela esperança de um reencontro. A evocação de elementos como a lua cheia e a lua nova, o paraíso, e as memórias de experiências vividas juntos mostram que o eu lírico sonha com a autorrealização através do reencontro com o ser amado.

Poesia - Exemplo 2

(Enem 2023)  Migalhas

Entre a toalha branca e um bule de café

seria inapropriado dizer

eu não te amo mais.

Era necessário algo mais solene,

um jardim japonês

para as perdas pensadas,

um noturno de tempestade

para arrebentar de dor,

uma praia de pedras para chorar

em silêncio, uma cama alta

para o incenso da despedida,

uma janela

dando para o abismo.

No entanto você abaixa os olhos

e recolhe lentamente as migalhas de pão

sobre a mesa posta para dois.

MARQUES, A. M. A vida submarina. São Paulo: Cia das Letras 2021.

Nesse poema, a representação do sentimento amoroso recupera a tradição ‘rica, mas se ajusta à visão contemporânea ao 

a) invocar o interlocutor para uma tomada de posição.
b) questionar a validade do envolvimento romântico.
c) diluir em banalidade a comoção de um amor frustrado.
d) transformar em paz as emoções conflituosas do casal.
e) condicionar a existência da paixão a espaços idealizados.

Resposta: [C]
O texto descreve um momento de ruptura amorosa de forma delicada e cotidiana, contrastando situações solenes e dramáticas com a simplicidade de recolher migalhas de pão. Essa abordagem evidencia como um evento profundamente emocional pode se manifestar de maneira banal e sutil no dia a dia. A descrição de um cenário trivial para um momento tão significativo ilustra a ideia de que, na contemporaneidade, a intensidade emocional pode ser diluída em gestos simples e rotineiros. 

👉 Leia também:

Literatura no Enem 2025: assuntos que mais caem na prova

Tudo sobre poemas: características, tipos e estrutura

Como reconhecer a intertextualidade em uma obra?

Como estudar Literatura para o Enem?

Para resolver questões de Literatura no Enem não basta apenas decorar nomes de obras ou autores, o foco está na interpretação de textos, análise de estilos e compreensão de contextos históricos e sociais. Para mandar bem, siga essas dicas:

  • Leia com propósito: em vez de ler aleatoriamente, foque em textos que já caíram em provas anteriores ou que representem movimentos literários relevantes.
  • Entenda os gêneros e as escolas literárias: saiba diferenciar cada período (Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Modernismo) e identifique suas principais características e autores.
  • Estude com textos completos e fragmentos: o Enem costuma usar trechos de obras, especialmente em Literatura. Treine com esses fragmentos e pratique a interpretação de linguagem figurada, tom e crítica social.
  • Relacione Literatura com outras áreas: o Enem valoriza interdisciplinaridade. Busque conexões entre obras literárias e temas de sociologia, história, atualidades ou até filosofia.
  • Assista a videoaulas e resumos comentados: conteúdos explicativos ajudam a fixar os estilos literários, contextos históricos e mensagens das obras.
  • Resolva questões anteriores: nada melhor do que treinar com provas reais. As questões de Literatura do Enem ajudam você a entender o estilo da banca e a desenvolver estratégia de leitura.
  • Monte um repertório de autores e obras-chave: Machado de Assis, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Graciliano Ramos são nomes que aparecem com frequência. Tenha ao menos uma referência clara de cada um.

TEMAS:

avatar
Kimberli Ariotti Sabino

Licenciada em Letras pela UFSC, com mestrado em Linguística pela mesma instituição. Colaborou com o blog do Aprova Total.

Ver mais artigos de Kimberli Ariotti Sabino >

Licenciada em Letras pela UFSC, com mestrado em Linguística pela mesma instituição. Colaborou com o blog do Aprova Total.

Ver mais artigos de Kimberli Ariotti Sabino >

Compartilhe essa publicação:
Aumente sua nota TRI estudando com provas anteriores do Enem!
Baixe já o aplicativo do

Veja Também

Assine a newsletter do Aprova Total

Você receberá apenas nossos conteúdos. Não enviaremos spam nem comercializaremos os seus dados.