As melhores faculdades de Medicina do Brasil: confira lista de 7 escolas públicas de excelência
O que faz um bom curso de Medicina? Professores qualificados, boa infraestrutura, currículo atualizado e em diálogo com as demandas da área são alguns dos fatores. Conheça 7 instituições públicas que mandam bem nesses quesitos

Acessibilidade
No Brasil, há cerca de 350 faculdades que oferecem o curso de Medicina. Em relação às vagas, a maior parte está na rede privada (33,5 mil) e uma quantidade menor (11,6 mil) na rede pública, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2021, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) do Ministério da Educação (MEC).
É claro que a opção de todos, ou da grande maioria dos estudantes, é ingressar em universidades públicas que, além de gratuitas, são reconhecidas pela excelência no ensino. Mas quais são as melhores?
No texto Como escolher um bom curso de Medicina, explicamos alguns critérios que você pode usar para encontrar os melhores cursos de Medicina do país.
Aqui, para elencar as 7 melhores instituições públicas, utilizamos a lista das 10 mais bem colocadas no Ranking Universitário Folha (RUF), da Folha de S. Paulo; as 7 universidades federais e estaduais consideradas 5 estrelas em Medicina pelo Guia da Faculdade do jornal O Estado de S. Paulo e Quero Educação; e complementamos com as 10 instituições com as maiores notas de corte no Sisu 2022/1.
Desse grupo, identificamos as que se repetem em pelo menos dois desses rankings. Assim, fizemos um perfil de cada uma das instituições, listadas a seguir por ordem alfabética. Confira:
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
7 escolas públicas de excelência
1. Universidade de São Paulo (USP)
Com 110 anos de existência, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em São Paulo (SP), foi a primeira Escola de Medicina do Estado, fundada em dezembro de 1912. Em 1934, passou a integrar a USP.
Hoje, ela é um dos maiores centros médico-científicos do país. Possui 66 laboratórios, 230 grupos de pesquisas e uma média de 3.600 artigos científicos de impacto nacional e internacional publicados anualmente. Um dos seus maiores destaques é o Hospital das Clínicas, o maior complexo hospitalar da América Latina.
Nos últimos anos, a FMUSP tem se pautado pelos investimentos em inovação e internacionalização, ao mesmo tempo em que promove a inclusão. As cotas sociais e raciais representam 50% das vagas de Medicina. Além de São Paulo, a USP também oferece Medicina nos campi de Bauru e Ribeirão Preto.
2. Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Em maio de 2023, a Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp - que surge com o nome de Faculdade de Medicina de Campinas - completa sessenta anos de existência. Ela foi a primeira unidade da universidade, só fundada três anos depois, em 1966.
Composta por treze departamentos, oferece cursos de graduação em Medicina e Fonoaudiologia. Seu complexo de Saúde inclui o Hospital de Clínicas e outros hospitais e centros especializados e ambulatórios que prestam serviços médicos para a população de Campinas e região, além de laboratórios e centros de pesquisa.
A Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp conta com 869 alunos de graduação e 2,5 mil alunos de pós-graduação. Reconhecida nacional e internacionalmente, já indicou por duas vezes concorrentes ao prêmio Nobel de Medicina.
3. Universidade Estadual Paulista (Unesp)
A Faculdade de Medicina da Unesp fica em Botucatu, interior de São Paulo, e já acumula quase 60 anos de história. De acordo com a instituição, o curso tem como objetivo “formar profissionais com senso crítico e conscientes de seu papel na sociedade”, especialmente centrados no compromisso social com o SUS (Sistema Único de Saúde). São oferecidas 90 vagas de período integral, 50% delas destinadas a estudantes de escolas públicas, incluindo autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.
Em 2019, o curso implementou uma nova estrutura curricular, priorizando a interdisciplinaridade na formação e a aproximação do aluno com a realidade da profissão.
Desde então, os estágios obrigatórios têm a duração de três anos e acontecem nos seguintes locais: Hospital das Clínicas da Secretaria de Saúde de SP (Ambulatórios, Enfermarias, Unidades de Terapia intensiva e Pronto Socorro Referenciado); Centro de Saúde Escola; Unidades Básicas de Saúde e de Saúde de Família; Pronto Socorro Pediátrico e Pronto Socorro Municipal da Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu.
4. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Fundada em 1911, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais é uma das mais antigas do Brasil. Recebe, anualmente, 320 novos alunos de Medicina – segundo a instituição, o maior número de ingressos, por ano, no país – além de 50 estudantes de Fonoaudiologia e 80 de Tecnologia em Radiologia.
No primeiro ciclo da graduação, os estudantes têm disciplinas sobre os fundamentos celulares e moleculares dos processos orgânicos e sobre campos de prática e de metodologia científica. A partir do quarto período, as aulas articulam teoria e prática, e a aprendizagem também acontece por meio do atendimento ao paciente. Além da faculdade, as atividades acontecem nos ambulatórios do Hospital das Clínicas e nos centros de saúde da rede municipal. No 9º período, começam os estágios.
O curso tem foco nas nas áreas de Cirurgia, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Clínica Médica e Saúde Coletiva, e seleção dos alunos acontece por meio do Sisu.

5. Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
O curso de Medicina da UFPE, que completa 10 anos em 2023, está vinculado ao Núcleo de Ciências da Vida, localizado em Caruaru (PE). Segundo a universidade, sete pilares norteiam seu projeto pedagógico: aprendizagem ativa, integralidade do ser humano, diversificação de ambientes e utilização de diversas técnicas pedagógicas, aprender fazendo, interdisciplinaridade, permanente aperfeiçoamento curricular e radical compromisso social.
A graduação possui duração mínima de seis anos e confere o título de bacharel em Medicina. Na fase de internato, é possível escolher entre as seguintes áreas: Clínica Médica, Atenção Primária à Saúde, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Saúde Mental e Clínica Cirúrgica.
6. Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

A Faculdade de Medicina da UFRJ é a segunda mais antiga do país. Foi criada em 1808 pelo príncipe regente D. João VI e já teve alunos ilustres, como o cirurgião Ivo Pintanguy. Segundo a instituição, o curso possui disciplinas que integram conteúdos de diversas áreas de conhecimento, priorizando os problemas médicos mais comuns da população.
Nos três primeiros semestres do curso, o aluno se envolve com sete áreas obrigatórias: Clínica Médica, Cirurgia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva. Já no último semestre, ele opta por até duas dessas áreas para se dedicar com mais ênfase. O internato pode ser realizado na rede de atenção básica à saúde, em unidades do complexo hospitalar da UFRJ e em outras instituições que têm convênio com a universidade.
Todo os anos, são disponibilizadas 200 vagas (100 por semestre) e o Sisu está entre as formas de ingresso. A FM-UFRJ fica na Cidade Universitária, bairro da região administrativa da Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
7. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
A Faculdade de Medicina da UFRGS foi fundada em 1899 e está localizada em Porto Alegre (RS). O mesmo campus inclui o curso de Nutrição, outros 10 cursos de pós-graduação e mais três especializações. Desde 1974, a instituição tem como hospital-escola o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde os alunos podem realizar seus internatos em setores de emergências, ambulatórios, internação clínica e cirúrgica.
O curso está dividido em três etapas. Na primeira, o foco é estudar os fundamentos da Medicina e a organização dos serviços de saúde. Na segunda acontecem as atividades teórico-práticas, com treinamentos de métodos, diagnóstico, comunicação com o paciente e emergência, entre outras. A última, que acontece a partir do 9º semestre e configura os estágios supervisionados, vem após o ciclo básico e o clínico. A UFRGS tem o SiSU como uma das formas de ingresso, além de vestibular próprio.
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