"Minha jornada até a maior média do Enem 2021"

O sonho de tirar a maior nota do Enem é, sem dúvidas, algo que muitos estudantes já viveram ao longo da caminhada pela aprovação na universidade. Em 2021, isso aconteceu comigo: eu alcancei a maior média nacional do Exame, e fui aprovado em 1º lugar no curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Eu sou o André Araújo e, na estreia da minha coluna aqui no portal, vou compartilhar contigo essa história!

Em 2018, durante o meu 2º ano do Ensino Médio, fiz o Enem pela primeira vez. Nessa época, eu ainda não tinha a mínima noção de como eram as cobranças e os desafios de um vestibular e, por conta disso, meu estudo era limitado.

Limitado porque eu me contentava em apenas assistir às aulas, fazer o dever de casa e tirar boas notas, sem que houvesse uma real preocupação em ver se o meu aprendizado estava no nível que é exigido para a aprovação em um curso tão concorrido quanto Medicina.

Considerando isso, é fácil entender que não tive condições de efetivamente concorrer por uma vaga em uma universidade. Assim, cheguei ao último ano do Ensino Médio com o compromisso de buscar a rotina necessária para melhorar meus resultados, acreditando que esse seria o caminho do sucesso.

Minha rotina no 3º ano do Ensino Médio

Em 2019, além das aulas regulares pela manhã, fiz parte da turma de pré-vestibular do colégio — que passavam a ocupar parte das minhas tardes de segunda a sexta — e da turma "especial", também do colégio, que oferecia aulas aos sábados para alunos que tinham as maiores notas de cada sala.

Nesse ano, também fui aluno do Aprova Total, que na época se chamava Biologia Total, e contava com aulas de Biologia, Química e Física. Essas eram as áreas em que sempre tive mais dificuldade, e eu sabia que seriam fundamentais para a conquista da vaga em Medicina.

Por conta própria, passei a resolver, de vez em quando, questões de provas antigas do Enem, mesmo que sem grande disciplina. Basicamente, foram essas estratégias que usei naquele ano, no qual obtive uma média de 750,54 pontos, suficiente para vários cursos, porém não para o meu objetivo.

Estudando durante a pandemia

Em 2020, busquei um cursinho tradicional, presencial, para ter acesso a um estudo totalmente focado no vestibular. Tive cerca de dois meses de aula até o início da pandemia, que obrigou a todos a adesão ao modelo de ensino remoto.

Naquele momento, a desesperança foi grande, porque eu só tinha tido como experiência de estudo virtual o Aprova Total que, apesar de ótima, não foi bem aproveitada, por conta da minha falta de disciplina em 2019.

Assim, meus rendimentos no ano da pandemia não foram bons. Consegui evoluir para uma média de 770,84 pontos: uma melhora bacana, todavia ainda insuficiente para a minha meta, que era a aprovação em Medicina em alguma universidade do Rio de Janeiro.

O segundo ano de preparação

No começo do ano de 2021, eu estava bastante frustrado, pois tinha a impressão de que o tempo e o dinheiro investidos estavam sendo desperdiçados, pois eu não alcançava meu objetivo. Entendo que muitos (ou até todos) passam por isso e que essa é uma das grandes angústias dos vestibulandos. A incerteza da aprovação faz com que tenhamos, na maior parte do tempo, a sensação de que os esforços podem ter sido em vão.

Diante disso, para silenciar esse sentimento, além do próprio desejo intenso de querer cursar Medicina, decidi que, não importava quanto tempo demorasse, eu seria aprovado. Mas claro que eu fiz tudo aquilo que esteve ao meu alcance para minimizar esse tempo.

Determinado a evoluir, resolvi analisar quais foram os erros cometidos em meus últimos anos de
preparação. Em cima disso, elaborei soluções para todos. Desde o cansaço da vista ao estudar na
tela do computador, até a dificuldade crônica em atingir 200 na competência 3 da redação. Tudo foi
diagnosticado a fundo antes de começar o definitivo ano de estudos.

Rumo à maior nota do Enem

Assim, resolvi que queria, e precisava, ter controle absoluto dos meus estudos. Senti a necessidade de não estar restrito a cronogramas ou à sequência tradicional de assuntos. Afinal, eu já havia visto tudo o que estava na grade curricular do Ensino Médio — ainda que não tivesse estudado tudo de maneira aprofundada.

Foi com base nesse desejo de controle que tomei a decisão de estudar em casa, usando como ferramenta o Aprova Total. Aplicando a tática que estruturei, ultrapassei as metas, alcançando 169 acertos das 180 questões (uma média de 42 acertos por área do conhecimento) e o 1000 na redação, um sonho de todo vestibulando. Com esses resultados, garanti o 1º lugar de Medicina na UFRJ. Essa nota (862,68 pontos) é a maior média do país no Enem 2021, e o “recorde” de média simples desde a edição de 2015.

Hoje sou estudante do 2º ano de Medicina da UFRJ e, aqui neste espaço, abordarei como foi esse método de estudos, e a mentalidade a ele associada, a fim de que você extraia e aplique tudo aquilo que for útil ao seu contexto.

Agradeço ao Aprova pela oportunidade de escrever a você, futuro(a) aprovado(a). Bons estudos e até a próxima!

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