Vida de Estudante

Como funciona a nota de corte? Aprova Total responde às suas dúvidas

Seja você um(a) veterano(a) de vestibular ou não, já deve ter ouvido falar muito sobre nota de corte. A gente explica o que é e por que é tão importante entender

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Entra ano sai ano, os vestibulandos e as vestibulandas veteranos(as) de guerra estão sempre ansiosos(as) esperando a divulgação da nota de corte dos cursos dos vestibulares, porque sabem o peso que elas têm. Aliás, na última terça-feira (13), a Fuvest divulgou as notas de corte da 1ª fase do vestibular 2023, que você pode ver completa aqui.

Bom, quem ainda está iniciando a sua jornada na disputa por uma vaga na universidade ouve falar bastante do assunto, mas, com certeza, ficam algumas dúvidas pairando do ar: afinal, o que é a nota de corte? Como ela funciona? Aprova Total responde!

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A nota de corte nada mais é do que a nota do último aprovado. A depender do exame, ela significa a pontuação do último aprovado na 1ª fase. No Sisu, por exemplo, a nota de corte é a nota do último convocado para matrícula, e assim vai. Vem entender melhor 🤔 

Por que a nota de corte é tão importante?

Saber a nota de corte do curso que você quer é mais do que fundamental para ter uma ideia se tem mesmo chances de passar ou não.

Como a variação costuma pequena de um ano para outro, muitos estudantes baseiam seu ano inteiro de estudos na nota de corte média do seu curso nos anos anteriores.

Isso se dá porque a maioria dos estudantes se planeja para ficar dentro da quantidade de acertos necessária para uma classificação na segunda fase, ou para atingir determinada pontuação no Enem, por exemplo, de forma a conseguir uma aprovação.

Assim, se o aluno X sabe que a nota de corte do seu curso foi 57 no ano passado, seu objetivo pode ser tentar ultrapassar a pontuação 60 nos simulados da prova, para tentar garantir um extra na nota que o leve à aprovação.

Essa conta é ainda mais importante quando levamos em consideração os cursos megaconcorridos, como medicina. Nesse caso, um ou dois acertos a mais podem fazer uma diferença imensa para quem está tentando uma vaga.

É claro que se basear na nota dos anos anteriores não é garantia expressa de nada, pois há muitas variáveis de um ano para o outro. Porém, certamente isso ajuda a dar um pouco de parâmetro para quem precisa traçar um plano.

Nota de corte no vestibular

A cada vestibular, o cálculo da nota de corte pode variar, ou pelo menos a importância dela.

Vestibulares com duas fases

Em vestibulares com duas fases, em geral os candidatos ficam mais atentos à nota de corte da primeira fase.

Cada processo seletivo faz seu próprio cálculo considerando a quantidade de candidatos que convoca em relação à quantidade de vagas disponíveis para o curso.

Como exemplo, temos a Fuvest, o segundo maior vestibular do país. No exame, a banca convoca para a segunda fase um número de candidatos de até quatro vezes a quantidade de de vagas. Vamos ver um exemplo:

Exemplo nota de corte Fuvest
Reprodução/Fuvest

No curso de Engenharia Aeronáutica (São Carlos), a nota de corte da 1ª fase na categoria ampla concorrência, em 2023, é de 73.

Ou seja, a pontuação do último candidato aprovado para a segunda fase foi 73, em um universo de 130 aprovados, para 31 vagas (aproximadamente 4,19 vezes o número de vagas).

Vestibulares com fase única

Nos exames em que há apenas uma fase, a lógica funciona de outro jeito. A nota de corte considerada é a nota do último aprovado para matrícula, já que o exame não tem uma segunda etapa.

É o caso da Uerj, cujo vestibular só tem uma etapa composta de prova objetiva e prova de redação, feitas no mesmo dia.

Exemplo nota de corte Ufrj
Reprodução/Uerj

Nota de corte no Sisu

No Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a lógica da nota de corte é um pouco diferente. O processo de inscrição costuma durar quatro dias e, nesse meio tempo, as notas de corte parciais são atualizadas dia a dia. 

As notas de corte parciais são como notas de corte provisórias, ou seja, podem mudar caso os candidatos troquem a inscrição para esse ou aquele curso. A nota de corte definitiva só é registrada depois que o sistema é fechado, no dia marcado para divulgação da lista de aprovados.

Como funciona a nota de corte parcial? A partir do segundo dia de inscrição, considerando os candidatos inscritos até então, o sistema faz um cálculo parcial da nota de corte – a nota do último candidato inscrito que, naquele momento, está dentro da conta de aprovação para matrícula.

Ou seja, se há 40 vagas para determinado curso no Sisu, o sistema calcula a nota dos 40 inscritos (em ordem decrescente) e aponta a nota do 40° como a nota de corte parcial.

👍 A importância da nota parcial no Sisu

No Sisu, como a nota de corte parcial é atualizada pelo menos duas vezes antes do fim das inscrições, ela se torna uma informação muito importante para o candidato tomar decisões.

É possível decidir, por exemplo, trocar de curso caso a nota de corte parcial do primeiro dia esteja muito acima da sua nota. Há também quem espere sair as notas parciais no segundo dia de inscrição para tomar uma decisão mais realista. 

Em outras palavras, a informação das parciais no Sisu é bem valiosa para todos os candidatos e pode significar a diferença entre ser ou não aprovado.

Isso acontece porque os estudantes podem mudar de ideia na escolha do curso e da instituição a depender da nota – algo que nos vestibulares comuns não é possível fazer.

Nota de corte no ProUni

No Programa Universidade para Todos (ProUni), assim como no Sisu, o período de inscrições dura em torno de quatro dias. Ao fim desse período, são divulgadas as notas de corte dos participantes aprovados.

Até a edição de meio de ano de 2022 do programa, o ProUni também usava a lógica de divulgar as notas de corte parciais diariamente ao longo do período de inscrição. Porém, a partir dessa edição, o Ministério da Educação anunciou que o programa não vai mais exibir essa informação para os candidatos.

O motivo está nas modificações que foram implementadas no programa. Agora, há uma ordem de prioridade na concessão das bolsas de acordo com o perfil de cada estudante, o que inviabilizaria o cálculo das notas parciais.

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Ana Lourenço

Jornalista colaboradora do Aprova Total. Trabalha na área de educação há 10 anos e hoje coordena equipes editoriais da área de Linguagens na educação básica. Como repórter, passou por Editora Abril, Quero Bolsa, SOMOS Educação, Instituto FHC, entre outros.

Ver mais artigos de Ana Lourenço >

Jornalista colaboradora do Aprova Total. Trabalha na área de educação há 10 anos e hoje coordena equipes editoriais da área de Linguagens na educação básica. Como repórter, passou por Editora Abril, Quero Bolsa, SOMOS Educação, Instituto FHC, entre outros.

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