Vida de Estudante

"Não passei no vestibular! E agora?"

É comum ficar um pouco perdido(a) quando a aprovação que você tanto queria não vem. Mas, muita calma nessa hora, caro(a) vestibulando(a). A gente pode recomeçar juntos!

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Você se esforçou durante o ano, fez todos os simulados que podia, escreveu trocentas redações e, ainda assim, seu nome não está na lista de aprovados para matrícula da faculdade que você queria e nem rolou pelo Sisu. O sentimento que vem naquela hora do "não passei no vestibular" é um baque, não dá para negar.

Não passei e agora - Severus Snape
Como diria Severus Snape: “Controle suas emoções e discipline sua mente!”

Para muita gente, a não aprovação no vestibular é uma das primeiras grandes decepções da vida. Entretanto, muita gente não passa de primeira nem de segunda na faculdade, principalmente em cursos muito concorridos, como Medicina. Mas e aí, o que fazer? O jeito é superar a decepção e tentar mais uma vez!

Nós conversamos com dois estudantes universitários que, mesmo sofrendo com a decepção da reprovação em um ou mais anos, continuaram firmes até conseguir a alegria de ver o nome na chamada para matrícula! Inspire-se nessas histórias!

Não passei no vestibular (ei, acalme-se)

Se você está passando por isso, respire fundo. A partir de agora, comece a retomar o ânimo para tentar de novo! Aqui, vão algumas dicas:

1. Permita-se ficar triste

Antes de tudo, permita-se sentir a tristeza. Negar os sentimentos é uma das coisas mais prejudiciais em um momento de frustração e pode gerar uma avalanche psicológica que tende a piorar com o tempo. Assim, deixe o sentimento vir e tente entendê-lo.

Thaís Rosa, de 22 anos, é estudante de Design da Universidade de São Paulo (USP), mas levou dois anos para passar no curso. Ela conta sobre a importância desse sentimento: “Eu diria que é importante levar o tempo necessário para se permitir estar triste”. Thaís foi uma das que não passaram de primeira e teve que estudar mais um ano. "Depois da primeira frustração de não passar direto da escola, me senti horrível. No entanto, esse segundo ano foi o ano em que eu mais aprendi".

Não passei e agora - Thaís Rosa, 22, aprovada em Design na USP
Thaís Rosa, 22, aprovada em Design na USP após dois anos de tentativas (Imagem: Arquivo Pessoal/ FAU USP)

Nesse processo, é fundamental lembrar que você não precisa e nem deve sofrer sozinho. Procurar ajuda de familiares, amigos e profissionais da área de saúde mental é extremamente importante nesse momento.

Por fim, lembre-se que a sua vida é muito maior e muito mais importante do que uma aprovação ou uma reprovação no vestibular. Sabemos que no auge da decepção isso pode parecer sem importância, mas essa verdade não pode ser esquecida, ok?

2. Mensagem para quem não passou no vestibular: seja gentil com você mesmo!

A gente sabe que nem todo mundo consegue ganhar sempre. Mas não deixe isso conduzir você à ideia de fracasso, ao sentimento de inferioridade e a outros sentimentos que são muito nocivos e não vão ajudar em nada.

Portanto, agora é hora de ser gentil consigo mesmo. Passado o choro e a tristeza, lembre-se de que você é o seu melhor amigo.

O estudante Gustavo Martins, de 26 anos, que hoje cursa Medicina na Unesp, conta que estudou por 7 anos (6 só de cursinho) até conseguir a aprovação. "Seu pior oponente é você mesmo, e você também é seu melhor aliado nesse momento. Se você for se comparar com alguém, só faz sentido se comparar consigo mesmo, refletir sobre a sua própria evolução", conta.

Em linhas gerais, Gustavo recomenda: "Não passei no vestibular? Então, respire, chore, mas depois lave o rosto e volte para a luta. Eu não diria que a gente dá a volta por cima nessa hora. O que a gente faz é levantar e continuar caminhando". 

Não passei e agora - Minerva McGonagall
Todo mundo tem o seu momento. Nas palavras de Minerva McGonagall: “Ele vai ser famoso, uma lenda!”

No processo de superar a decepção e criar forças para estudar mais um ano, o cuidado com a saúde deve se tornar prioridade. "Eu considero que o equilíbrio necessário para passar no vestibular esteja em um tripé: saúde mental, saúde física e conteúdo [o estudo propriamente dito]. Você pode ser nota 10 em conteúdo e nota 10 em saúde física, mas se você for 5 em saúde mental, é esse 5 que vai segurar e impedir você de passar", diz Gustavo.

3. Refaça a estratégia, considerando erros e acertos

Depois de trabalhar pela recuperação emocional do baque pós reprovação, é hora de refazer a estratégia de estudo. 

"Quando você já não passa uma vez, você consegue analisar mais friamente o que faltou para você passar, e foi isso que eu fiz, encarei meus pequenos ‘demônios’ do vestibular", conta Thaís Rosa. “O mais difícil é não perder a motivação durante o ano e não se deixar afetar por alguns resultados baixos. O momento para errar é estudando, mas eu não entendia isso e já saí chorando de alguns simulados”, explica.

Não passei no vestibular: raciocinando juntos!
As vagas das universidades são limitadas e em menor número do que a quantidade de candidatos. Isso significa que tem muito mais pessoas que não são aprovadas do que pessoas que são aprovadas. Assim, não passar no vestibular é uma variável mais possível de acontecer do que passar. Então é importante encarar essa frustração como o que ela é: parte da vida.

Viver a experiência humana em sociedade é lidar com perdas que acontecem todos os dias, o tempo todo, e no vestibular não é nada diferente. Essa é apenas uma derrota: você tem muito chão pela frente para mudar esse resultado em oportunidades futuras.

Não passei no vestibular x novas rotinas de estudos

Não existe um único caminho para traçar uma nova rota de estudos ou melhorar a anterior, mas há alguns pontos a considerar na hora de planejar o caminho até a aprovação:

Se eu não passei no vestibular, quais foram as maiores dificuldades?

O primeiro passo é fazer um balanço do ano anterior e buscar listar as maiores dificuldades que você teve. Podem ser dificuldades de qualquer tipo, como organização, matérias específicas, metodologias de estudo etc.

"Eu sugiro ver com calma o que faltou. Por exemplo, eu não gostava de português e redação e fugia deles, e também tinha muita dificuldade com questões de múltipla escolha. Você pode se perguntar: foi alguma matéria específica? Foram questões que perdeu por bobeira? Foi redação? E aí, a partir disso, dá para entender no que você deve focar mais", recomenda Thaís.

Quais foram os maiores acertos que geraram bons resultados?

Outro bom ponto de partida para refazer a estratégia é entender onde você mais acertou, ou seja, quais são as suas maiores fortalezas no estudo.

Para isso, vale refletir: o que deu certo no ano passado que você pode retomar esse ano? Quais são as matérias em que você se deu melhor? Que estratégias de estudo mais funcionam com você e com o seu modo de se organizar?

Quais são os fatores limitantes?

Para que a estratégia seja mais eficiente de um ano para outro, também é o momento de pensar nos seus fatores limitantes, principalmente no que diz respeito à sua saúde.

Estudar para o vestibular é um processo que envolve uma série de ganhos e perdas, e saber lidar com isso é fundamental para o seu processo de amadurecimento.

É evidente que não é fácil manter a cabeça estável durante um ano de estudos tão intenso, em que tanta coisa está em jogo, mas investir nessa maturidade emocional pode ajudar muito. "O meu fator limitante era a saúde mental. Eu abdiquei dela pra estudar mais e isso me prejudicou muito. O que eu sugiro é tentar fazer terapia, se possível, dedicar tempo aos familiares e às pessoas que fazem bem", conclui Gustavo Martins.

Se você quer ajuda para se organizar e se preparar para este novo ano de estudo, conte com os professores e especialistas da plataforma Aprova Total. E conheça os cursos Enem Hard e Super Med, que oferecem o caminho mais curto para a sua aprovação!

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Ana Lourenço

Jornalista colaboradora do Aprova Total. Trabalha na área de educação há 10 anos e hoje coordena equipes editoriais da área de Linguagens na educação básica. Como repórter, passou por Editora Abril, Quero Bolsa, SOMOS Educação, Instituto FHC, entre outros.

Ver mais artigos de Ana Lourenço >

Jornalista colaboradora do Aprova Total. Trabalha na área de educação há 10 anos e hoje coordena equipes editoriais da área de Linguagens na educação básica. Como repórter, passou por Editora Abril, Quero Bolsa, SOMOS Educação, Instituto FHC, entre outros.

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