Pílula do dia seguinte: como funciona e efeitos no corpo humano

A pílula do dia seguinte funciona como um método contraceptivo de emergência para evitar gestações indesejadas.

Seu uso pode ocorrer devido à falta de informação sobre métodos contraceptivos ou falhas nos métodos utilizados, como esquecer de tomar a pílula anticoncepcional ou utilizar uma camisinha vencida.

No Brasil, uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP-Fiocruz), entre 2011 e 2012, revelou que cerca de 55,4% das gestações não estavam nos planos das famílias entrevistadas.

Assim, saber como os métodos contraceptivos funcionam é uma informação importante não só para responder questões do Enem e vestibulares, mas também fazer o planejamento familiar. Ou seja, decidir se deseja ter filhos ou quando deseja engravidar.

Qual é a importância do planejamento familiar?

A falta de planejamento familiar é uma questão séria que afeta muitas famílias no Brasil e no mundo.

Sem o devido planejamento, as famílias podem enfrentar desafios financeiros, emocionais e sociais. A falta de acesso às informações corretas sobre métodos contraceptivos e a ausência de políticas públicas eficientes agravam esse cenário.

O estudo Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre o parto e o nascimento feito pela ENSP-Fiocruz entrevistou mais de 23 mil mulheres. Entre as entrevistadas, 30% responderam que não desejavam a gravidez, 9% ficaram insatisfeitas com a gestação e 2,3% relataram ter tentado interrompê-la.

Além disso, muitas vezes, o tabu em torno da educação sexual impede que jovens e adultos obtenham o conhecimento necessário para tomar decisões informadas sobre suas vidas reprodutivas.

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O que a pílula do dia seguinte faz no corpo?

Como vimos anteriormente, a pílula do dia seguinte funciona como um método contraceptivo de emergência. Assim, deve ser utilizada após uma relação sexual desprotegida ou em casos de falha de outro método contraceptivo.

O medicamento atuar de várias formas para impedir a fecundação, por exemplo:

• Inibição da ovulação: se a ovulação ainda não ocorreu, a pílula impede que ela aconteça;
• Alteração do muco cervical: a pílula engrossa o muco cervical, dificultando a movimentação dos espermatozoides e impedindo que eles encontrem o óvulo;
• Mudanças no ambiente uterino: as alterações hormonais induzidas pela pílula também podem criar um ambiente uterino hostil, com condições que dificultam a sobrevivência e a movimentação dos espermatozoides.

A pílula do dia seguinte contém hormônios sintéticos que diminuem os níveis do hormônio folículo-estimulante (FSH) no organismo. O FSH é responsável por ajudar na liberação do óvulo dos ovários para as tubas uterinas. Sem ele, a ovulação é atrasada ou impedida.

Qual o jeito certo de tomar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte deve ser tomada o quanto antes após a relação sexual para aumentar sua eficácia. Existem diferentes tipos de pílulas que podem ser eficazes até três ou cinco dias após a relação.

💊 O medicamento é amplamente vendido em farmácias e também está disponível gratuitamente em postos de saúde através do SUS.

A pílula do dia seguinte é eficaz?

É importante ressaltar que não se trata de uma forma de aborto. Estudos clínicos demonstram que a pílula previne a gravidez antes da fecundação, sem interferir na implantação do embrião no útero.

A pílula é segura para uso ocasional, mas não deve ser utilizada regularmente devido à alta dose de hormônios, que pode causar efeitos colaterais como náusea, dor de cabeça, fadiga e desregulação do ciclo menstrual.

Embora a pílula do dia seguinte seja uma opção eficaz para evitar uma gravidez indesejada em casos de emergência, ela não protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Portanto, é essencial utilizar métodos contraceptivos regulares e realizar testes de ISTs quando necessário.

Quer saber mais sobre o tema? Assista ao vídeo completo sobre as pílulas do dia seguinte:

Se ainda restarem dúvidas sobre métodos contraceptivos em geral, não hesite em procurar orientação médica!

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