Biologia Ciências da Natureza

O que causa as cáries? Veja a explicação científica para o problema

Pesquisas mostram que nossos ancestrais também sofriam com questões dentárias. Descubra as causas do problema que nos acompanha há milhares de anos

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Você já se perguntou o que causa as cáries? Tudo indica que elas existem há milhares de anos, mas, recentemente, arqueólogos da Inglaterra fizeram descobertas fascinantes sobre os nossos ancestrais, os homens das cavernas de Taforalt, que viveram no Marrocos há aproximadamente 15 mil anos.

A análise de 52 esqueletos antigos revelou que esses caçadores-coletores já enfrentavam problemas dentários que, até pouco tempo atrás, pensávamos ser exclusivos da Modernidade - pois é, eles tinham cáries!

O que torna essas descobertas ainda mais intrigantes é que os homens das cavernas não apenas sofriam com as cáries, mas também contavam com práticas rudimentares de Odontologia.

Vestígios arqueológicos indicam que, há cerca de 14 mil anos, os humanos antigos utilizavam pedras afiadas para remover dentes deteriorados.

Além disso, eles possuíam brocas (ainda que grosseiras) para alisar os buracos resultantes dos procedimentos, e utilizavam cera de abelha para preencher as cavidades - um método que lembra as obturações feitas hoje em dia.

As bactérias causadoras das cáries

A nossa boca abriga uma grande quantidade e variedade de bactérias. As dietas ricas em açúcar promovem a proliferação de uma bactéria chamada Streptococcus mutans, que utiliza o açúcar como fonte de energia.

Ao metabolizar o açúcar, essas bactérias produzem ácidos que corroem o esmalte dental, levando à desmineralização dos dentes.

ação do açúcar no dente, resultando em cárie
Visão aproximada dos micróbios que causam cárie (Imagem: Adobe Stock)

Esse processo pode permitir que as bactérias penetrem cada vez mais fundo, atingindo as camadas nervosas e causando dor intensa, conforme mostra o exemplo a seguir:

dentes deteriorados com cáries
Uma técnica utilizada para tratar problemas na parte interna do dente, como as complicações com cárie, é o tratamento de canal (Imagem: Adobe Stock)

Sem qualquer tratamento, a situação pode piorar, resultando na necessidade de extração do dente.

Cáries ao longo da história

Embora a vida dos Homo sapiens tenha melhorado em muitos aspectos nos últimos 20 mil anos, um problema se agravou: o aumento das cáries.

Você imagina por quê? Após a Revolução Industrial, o açúcar refinado se tornou mais acessível, contribuindo para o surgimento de um grande número de cáries na população. Atualmente, estima-se que 92% dos adultos americanos já tiveram pelo menos uma cárie.

Diante dessa informação, pode surgir a seguinte dúvida: “Então, como os homens das cavernas, que não consumiam doces, também tinham cáries?”.

A resposta está na dieta diversificada desses indivíduos! Pois, além de caçar, eles consumiam vegetais, nozes e grãos, que são ricos em carboidratos. Quando expostos às enzimas da saliva, esses carboidratos são convertidos em açúcares simples, alimentando as bactérias orais.

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Como prevenir as cáries?

Felizmente, a prevenção das cáries é muito mais fácil atualmente! Além de reduzir o consumo de açúcares, há diversas alternativas disponíveis. Por exemplo, muitos cremes dentais e reservatórios de água contêm flúor, que ajuda a fortalecer os dentes e a criar uma barreira contra os ácidos produzidos pelas bactérias.

Manter uma boa higiene bucal, escovando os dentes regularmente e utilizando fio dental, é essencial para remover restos de alimentos que podem alimentar as bactérias.

As descobertas sobre os primeiros dentistas da história não apenas mostram que os homens das cavernas já lidavam com problemas dentários, mas também ressaltam a importância da higiene bucal e da alimentação na saúde dental.

E se, mesmo assim, as cáries aparecerem, é possível contar com a ajuda de dentistas, que realizam obturações para tratar a área afetada.

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Paulo Jubilut

CEO do Aprova Total. É conhecido como "Professor Jubilut” por seu canal no YouTube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, o que faz dele o maior influenciador de Biologia do Brasil.

Ver mais artigos de Paulo Jubilut >

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