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Profissões do futuro: por que você deve ficar de olho nelas

Queremos ajudar você a refletir sobre o assunto e estimular um olhar mais atento para oportunidades carreira que ainda não estavam no seu radar

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Novos empregos, profissões do futuro, carreiras emergentes: você, que está estudando para o vestibular, tem acompanhado as pesquisas e opiniões de especialistas sobre o mercado de trabalho? Essa é uma pauta importante, pois o mundo vive transformações cada vez mais rápidas, o que faz com que as pessoas atualizem as suas demandas nos mais diversos setores.

Por exemplo, o tsunami tecnológico vivido nos últimos tempos e a pandemia de Covid-19 aceleraram esse cenário de mudanças, estimulando o modelo de trabalho remoto e a automação de serviço - algo que ainda parecia distante. 

Agora, se você está se perguntando o que tem a ver com isso, saiba que it’s all connected!

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Muitas profissões tradicionais se modificaram ao longo dos anos e outras surgiram para dar conta de necessidades até então desconhecidas. Ou seja, fica evidente que sociedade e mercado de trabalho caminham juntos. 

Por isso, preparamos este post! Queremos ajudar você a refletir sobre o assunto e estimular um olhar mais atento para oportunidades carreira que ainda não estavam no seu radar.

Profissões do futuro

Em 2020, o Fórum Econômico Mundial listou 96 profissões do futuro divididas em sete áreas. São elas: saúde, dados e inteligência artificial, engenharia e computação em nuvem, economia verde, pessoas e cultura, desenvolvimento de produtos, vendas, marketing e conteúdo. Esse mapeamento foi realizado pelo New Metrics CoLab, em parceria com as empresas Burning Glass Technologies, Coursera e LinkedIn, e seus cientistas de dados.

Na época, estimou-se que 6,1 milhões de oportunidades de trabalho seriam geradas globalmente até 2022. Entre essas 96 profissões, destacamos as três primeiras de cada área:

Saúde

1. Especialista em transcrição médicas
2. Assessor de terapia física
3. Terapeuta de radiação

Dados e inteligência artificial

1. Especialista em inteligência artificial
2. Cientista de dados
3. Engenheiro de dados

Engenharia da computação em nuvem

1. Engenheiro de estabilidade de site
2. Desenvolvedor Python
3. Desenvolvedor full stack

Economia verde

1. Técnico de sistema de gás de aterro
2. Técnico de serviços de turbinas eólicas
3. Green marketers (ou vendedor verde)

Pessoas e cultura

1. Recrutados de tecnologia da informação
2. Parceiro de recursos humanos
3. Especialista em aquisição de talentos

Desenvolvimento de produtos

1. Product owner
2. Analista de qualidade
3. Agile coach

Vendas, marketing e conteúdo

1. Assistente de mídia social
2. Growth hacker
3. Especialista de sucesso do consumidor

Muitas dessas dessas profissões do futuro apresentadas no Fórum Econômico Mundial de 2020 continuam se destacando entre as carreiras emergentes para os próximos anos. No entanto, a pandemia de Covid-19, seguida dos impactos da crise de energia e alimentos estimulada pela Guerra da Ucrânia, provocou mudanças drásticas na economia e fez com que os especialistas e líderes globais da política, negócios e sociedade civil ressignificassem as suas expectativas diante dos alertas de recessão e desemprego.

Por outro lado, esse mesmo contexto reforçou as discussões sobre setores cada vez mais em evidência, como os empregos sociais e empregos verdes, visando a recuperação econômica dos países e a recuperação das oportunidades no mercado de trabalho.

Empregos sociais e empregos verdes

O Fórum Econômico Mundial de 2023, que aconteceu em janeiro deste ano, teve como tema a "Cooperação em um mundo fragmentado", com discussões centradas no apoio ao investimento em "educação, habilidades e saúde, a fim de garantir mobilidade social e economias preparadas para o futuro".

Assim, os empregos sociais estão inseridos nos setores de educação, saúde e assistência; enquanto os empregos verdes permitem uma transição ambiental, pensando em questões relacionadas à sustentabilidade, preservação e redução das emissões de gases até 2030 - considerando a Agenda 2030 proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visa o desenvolvimento sustentável do planeta.

Profissional do setor de alimentos usando tablet para fazer suas anotações
Profissional do setor de alimentos usando tablet para fazer suas anotações (Imagem: Freepik)

O relatório mais recente do Fórum identifica os empregos do amanhã nessas duas áreas, a partir de lacunas existentes em grandes economias como Austrália, Brasil, China, Alemanha, Índia, Japão, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Para o Brasil

Por aqui, alguns dos empregos sociais e verdes que precisam de mais profissionais e, segundo a pesquisa, contribuirão para o avanço econômico do país são:

Empregos sociaisEmpregos verdes
Trabalhadores de cuidados pessoais em serviços de saúdeTrabalhadores agrícolas, florestais e de pesca
Funcionários de creches, auxiliares de professores e professores de infânciaGerentes de produção na agricultura, silvicultura e pesca
Profissionais de enfermagem e obstetrícia e associadosEspecialistas florestais e agrícolas, consultores e técnicos de ciências da vida
Professores do ensino fundamental e médioTrabalhadores e especialistas em reciclagem
Profissionais de serviço social e aconselhamento e associadosEngenheiros ambientais, civis e químicos
Professores universitários e do ensino superiorProfissionais de proteção ambiental
Gerentes de serviços profissionaisProfissionais de ciências físicas e terrestres
Médicos Urbanistas, planejadores de tráfego e arquitetos paisagistas
Técnicos em Medicina e farmacêuticosEspecialistas em regulamentação governamental ambiental
Professores de educação profissionalTrabalhadores, gerentes e especialistas em mineração
* Dados retirados do relatório Jobs of tomorrow: social and green jobs for building inclusive and sustainable economies

Era digital e as profissões do futuro

No mesmo contexto de "recuperação verde" após a pandemia, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Agência Alemã de Cooperação Internacional divulgaram um relatório com 53 carreiras da era digital importantes para esse suporte.

A recuperação verde tem relação com a economia verde proposta pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que defende “uma economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica”.

O estudo avaliou quatro setores: software e TI, indústria de transformação e serviços produtivos, agricultura e saúde. As profissões do futuro que se destacaram foram:

Software e TI

1. Programador
2. Cientista de dados
3. Analista de segurança cibernética

Indústria de transformação e serviços produtivos

1. Expert em digitalização industrial
2. Operador digital
3. Profissional de manufatura aditiva
4. Empreendedor digital
5. Gestor de economia circular
6. Especialista em Serviços

Agricultura

1. Técnico em agricultura digital
2. Técnico em agronegócio digital
3. Engenheiro agrônomo digital

Saúde

1. Engenheiro hospitalar
2. Técnico de assistência médica digital
3. Engenheiro de dados da saúde

Profissões do futuro para 2030

Em 2015, os 193 Estados-membros da ONU, incluindo o Brasil, assumiram o compromisso com a Agenda 2030, por isso esse é um ano tão lembrado por fóruns e reuniões de líderes mundiais.

Ela se tornou a principal referência na formulação e implementação de políticas públicas para governos, e reúne objetivos, metas e perspectivas estabelecidos pela ONU em busca de dignidade e qualidade de vida, respeitando o meio ambiente e resguardando o planeta para as próximas gerações.

Assim, quando se trata do futuro do trabalho e das profissões visando essa Agenda, o Fórum Mundial Econômico de 2023 levantou a seguinte questão: quais intervenções críticas são necessárias para oferecer melhores habilidades, empregos e educação para 1 bilhão de pessoas até 2030? Considerando, especialmente, os impactos promovidos pelas novas tecnologias.

Profissão do futuro: arquiteta usando óculos de realidade virtual para projetar modelo de construção
Arquiteta usando óculos de realidade virtual para projetar modelo de construção (Imagem: Freepik)

Os líderes envolvidos nessa iniciativa consideram necessária, então, uma revolução da requalificação, que contribua para a construção de um mundo mais justo e inclusivo.

Desde 2020, por exemplo, há um compromisso do LinkedIn e da Microsoft de certificar 10 milhões de alunos em capacidades técnicas essenciais; ajudar 80 milhões de pessoas a aprenderem novas habilidades digitais impulsionadas pelo cenário da pandemia; além da promessa de treinar 1 milhão de meninas e mulheres como programadoras em toda a África e globalmente até 2030.

Você, aluno do Aprova Total, que está escolhendo uma profissão e estudando em busca de uma vaga na universidade, é parte desse cenário de transformação e precisa se informar sobre as tendências para o mercado de trabalho. Isso fará toda a diferença no seu sucesso!

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Carol Firmino

Jornalista, mestra e doutora em Comunicação pela Unesp. É editora no blog do Aprova Total e está sempre antenada ao universo da educação, com foco no Enem e na preparação para os grandes vestibulares do país. Tem passagens por veículos como Nova Escola, B9, UOL e Época Negócios.

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Jornalista, mestra e doutora em Comunicação pela Unesp. É editora no blog do Aprova Total e está sempre antenada ao universo da educação, com foco no Enem e na preparação para os grandes vestibulares do país. Tem passagens por veículos como Nova Escola, B9, UOL e Época Negócios.

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