Medicina no exterior: como e onde estudar?
Conquistar uma vaga em Medicina não é nada fácil. Por isso, muitos estudatnes têm optado por estudar no exterior
Acessibilidade
Medicina com toda certeza é um dos cursos mais concorridos do país. De acordo com o Ministério da Educação, o Brasil tinha, em 2019, 289 escolas de Medicina, as quais ofereciam 29.271 vagas. O número parece alto, mas diante da grande procura, ele se torna pequeno.
Além disso, alguns vestibulandos recorrem a universidades particulares. Porém, as mensalidades são muito caras. Algumas, custam mais de R$12 mil.
O resultado? Milhares de estudantes levam mais de um ano para serem aprovados no curso dos sonho. Por isso, muitos deles buscam opções em outros país. Se você está aqui neste post, deve estar se perguntando a mesma coisa: será que é possível, e até mais fácil, estudar Medicina em outro país?
A resposta é sim. Porém, é preciso estar atento às especificações de cada país e universidade.
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Medicina no exterior
Confira informações sobre alguns dos países mais procurados:
Argentina
O processo de aprovação em uma Universidade Argentina é um pouco diferente e, por isso, hoje mais de 4 mil brasileiros estudam Medicina por lá.
Assim como em alguns países da Europa, no país dos hermanos a educação superior é direito de todos os estudantes. Assim, vestibulares não existem por lá e, muito menos, a concorrência. Basta se inscrever e levar os documentos para garantir sua vaga.
Para quem pensa que, por ser gratuita, a qualidade de ensino não é boa, universidades como a Universidad de Buenos Aires (UBA) e a Universidad Nacional de Rosario (UNR) têm em sua história prêmios Nobel e de educação para a saúde.
Do outro lado temos as universidades privadas, que contam com mensalidades bem mais baratas do que estamos acostumados a ver por aqui. Lá, os preços variam entre R$ 700 e R$ 1400. Os estudantes que decidem estudar em solo argentino precisam fazer, primeiramente, um curso de nivelamento (1 - 3 meses) que traz conteúdos básicos do sistema de saúde, biologia, química e metodologia científica.
Portugal
Ao contrário do que acontece na Argentina, em Portugal o estudante encontra muito mais barreiras para fazer o curso dos sonhos. Fazer Medicina por lá é para poucos. Isso não se deve apenas ao fato de que o custo é alto, a verdade é que nem mesmo o Enem é aceito nesses casos.
Primeiramente, é preciso que o aluno seja residente no país e esteja lá há, pelo menos, 6 meses. Além disso, é necessário que o aluno faça vestibular na instituição preterida e, claro, seja aprovado. Lembrando que, em todo país, apenas 1.500 vagas são oferecidas para o curso de Medicina e os custos anuais vão de 1.500 a 7.000 euros.
A graduação passou a ser um mestrado integrado e tem a duração total de 6 anos. Após completar o curso, o aluno passa para a residência médica. Em compensação, por conta de acordos firmados entre Brasil e Portugal, a validação do diploma português pode ser facilitada por aqui.
Paraguai
O Paraguai recebe muitos brasileiros que desejam ser médicos, mas encontram dificuldades ao prestar vestibular por aqui.
Vamos dizer que você não tenha passado em uma Universidade pública e tenha que pagar R$ 5 mil de mensalidade para estudar em uma faculdade particular. Bem, no Paraguai, esse dinheiro seria mais que o suficiente para pagar a graduação, o aluguel e os gastos do dia-a-dia.
Mas é preciso ficar esperto: do lado de lá da fronteira, por conta da grande procura, surgem faculdades sem condições nenhuma de oferecer uma boa educação ou estrutura adequada, por isso, funcionam sem a permissão do Ministério da Educação paraguaio. Com isso, sempre pesquise sobre a instituição preterida!
Os custos iniciais da graduação giram em torno de R$ 900. O curso tem a duração de 6 anos e, por conta da proximidade, os estudantes podem estudar no país vizinho e morar no Brasil.
Estados Unidos
É bem verdade que muitos sonham com uma graduação nos Estados Unidos, porém a realidade pode ser cruel. O processo para se tornar médico na terra do Tio Sam é bem puxado. Lá, os médicos são realmente doutores. Isso quer dizer que as medical schools são de pós-graduação e dão ao formando o título de M.D, algo que pode ser comparado ao PhD.
Conseguir uma vaga em uma dessas escolas é um processo bem competitivo e caro. A pós-graduação pode custar até 250 mil dólares. Além disso, não vale a pena se animar pela possibilidade de bolsas. Isso porque o Governo Federal norte-americano é quem oferece a maioria delas e elas são dadas aqueles com nacionalidade Americana.
Além dos altos custos, a graduação completa exige bastante tempo do estudante. É preciso que ele faça primeiro um curso pré-MED que tenha disciplinas como Química, Física e Genética, para depois cursar Medicina. Se elevarmos em consideração que ele ainda deve passar pela residência obrigatória, pode-se dizer que são 9 anos até que o aluno possa ser considerado um médico formado.
Mas, há outros modos de conseguir estudar nos Estados Unidos. É possível se formar no Brasil e fazer os 2 anos de residência em outro país. Os EUA e a Austrália são dois países possíveis, por exemplo. Outra opção é fazer um intercâmbio voltado para pesquisa.
Revalida
Todos os médicos que obtiveram diploma em algum país estrangeiro, devem fazer o revalida para poderem atuar em solo brasileiro. Entretanto, para aqueles que finalizarem a graduação no Brasil e optarem por fazer residência em outro país, o exame não é necessário.
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