Refração da luz: leis, fórmulas e exercício
A refração é um dos fenômenos ópticos mais importantes. Confira aqui como ele funciona, as principais leis e fórmulas e exercícios do tema.
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O fenômeno da refração, muito frequente no Enem, ocorre quando uma onda muda de meio de propagação. De acordo com os princípios da ondulatória, a velocidade das ondas depende do meio onde elas se propagam, logo, quando elas mudam de meio, a sua velocidade varia.
Em suma, podemos definir esse fenômeno como:
Refração é a mudança na velocidade de uma onda ao atravessar a fronteira entre dois meios diferentes de propagação.
Nesse sentido, na maioria dos casos, essa mudança de velocidade faz com que a direção da onda seja alterada.
Assim, refração ocorre com todos os tipos de ondas, mas a refração da luz é um caso especial por ser a mais notável (e também a mais cobrada no Enem e nos vestibulares!).
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Velocidade da luz
A velocidade da luz no vácuo possui um valor fixo c para todos os referencias inerciais. Esse valor é de aproximadamente 300.000 quilômetros por segundo ou, no Sistema Internacional, 3 · 10⁸ m/s.
No entanto, quando as ondas de luz viajam através de um meio material, a sua velocidade deixa de ser c.
As partículas que compõem a matéria costumam absorver a energia proveniente de ondas eletromagnéticas (como a luz). Logo depois, essas mesmas partículas vibram e reemitem-a. Então, quando a luz adentra um material, a sua passagem por esse depende de uma cadeia de absorções e reemissões.
Como existe um curto intervalo de tempo entre cada absorção e reemissão, a velocidade da luz atravessando um meio material é sempre menor do que a velocidade da luz no vácuo (c). Essa velocidade depende fortemente do tipo de substância que compõe o meio.
Índice de refração
Chamamos de índice de refração (nA) de um meio A, a razão entre a velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade da luz vA nesse meio:
Note que, quanto maior for a velocidade da luz em um meio material, menor será o índice de refração desse meio. Dessa maneira, podemos dizer que o índice de refração de um meio é proporcional à dificuldade que a luz tem de atravessar esse meio. Dessa forma, essa dificuldade é comumente chamada de refringência.
Não se esqueça: em um meio mais refringente, a velocidade da luz é menor, pois ela tem maior dificuldade de atravessá-lo. Já em um meio menos refringente, a velocidade da luz é maior, pois ela tem mais facilidade de atravessá-lo.
Assim, observe na tabela abaixo alguns exemplos de meios materiais e seus respectivos índices de refração:
Meio material | Índice de refração (n) |
---|---|
Ar | 1,00 |
Água | 1,33 |
Vidro | 1,50 |
Glicerina | 1,90 |
Álcool Etílico | 1,36 |
Diamante | 2,42 |
Acrílico | 1,49 |
Leis da refração
Como citado anteriormente, na maioria dos casos, a refração de uma onda tem como consequência uma alteração na direção dessa onda.
Observe a imagem abaixo:
Note que, ao adentrar o meio 2, a onda mudou de direção.
Para estudar essa mudança de direção, focamos nos ângulos formados pelo raio incidente (antes da refração) e pelo raio refratado (após a refração) com relação a uma reta normal traçada perpendicularmente à superfície que separa os dois meios.
Esse estudo é baseado em duas leis principais.
Em suma, a primeira lei da refração nos diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal sempre pertencem a um mesmo plano.
Já a segunda lei da refração, também conhecida como lei de Snell-Descartes, nos diz que o ângulo de incidência (θ1) e o ângulo de refração (θ2), medidos em relação à normal, se relacionam a partir da seguinte fórmula:
Em que n1 e n2 são os índices de refração dos meios 1 e 2, respectivamente.
Note que, se θ1 vale 0º, θ2 obrigatoriamente também vale 0º, ou seja, se o raio luminoso incidir perpendicularmente sobre a superfície, a sua direção não será alterada ao mudar de meio. Esse é o único caso em que a refração não causa uma alteração na direção de propagação da onda.
Exemplo
Só para exemplificar, vamos resolver um problema sobre o assunto. Primeiramente, imagine que um raio de luz, que se propaga originalmente no ar, incida sobre a água, formando um ângulo de 45º com a normal. Qual é o ângulo formado entre a direção do raio refratado e a normal?
Para resolver esse exemplo, basta utilizar a lei de Snell-Descartes, usando os índices de refração do ar e da água, de acordo com a tabela que vimos:
Então, o ângulo que o raio refratado faz com a normal vale 32º.
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