Biologia Ciências da Natureza

Mpox volta a ser emergência global; entenda as consequências

Conhecida como varíola dos macacos, a doença aumentou seu potencial de transmissão em vários países

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a volta da mpox como emergência global de saúde pública, devido ao aumento de casos no segundo semestre de 2024.

Essa decisão aconteceu após surgir uma nova cepa do vírus, chamada Clado 1b, que tem se espalhado por vários países, incluindo o Brasil.

Embora a mpox (ou "varíola dos macacos") compartilhe algumas semelhanças com a varíola humana, uma das doenças mais devastadoras da história, a situação atual é diferente.

A varíola humana, que matou milhões de pessoas até ser erradicada em 1980, agora é uma lembrança distante graças à vacinação global. No entanto, a mpox atraiu atenção recente por seu crescimento acelerado e mutações que aumentam seu potencial de transmissão.

Onde a mpox surgiu?

O vírus da mpox foi identificado pela primeira vez em 1970 na República Democrática do Congo. Desde então, casos esporádicos foram registrados principalmente em áreas rurais e florestais africanas.

No ano de 2003, os Estados Unidos enfrentaram um surto quando roedores importados da África transmitiram o vírus a cães da pradaria, um mamífero roedor da família Sciuridae, causando 47 casos.

Já em 2022, a OMS já havia declarado emergência de saúde pública quando uma linhagem diferente, Clado 2b, se espalhou globalmente e se mostrou capaz de ser transmitida sexualmente.

Mas a situação atual é mais preocupante, porque o número de casos aumentou substancialmente e o vírus sofreu mutações significativas.

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Como a mpox é transmitida?

Diferente de muitos vírus que têm um ou dois hospedeiros naturais, a mpox pode infectar uma ampla variedade de mamíferos. A transmissão para humanos ocorre principalmente pelo contato direto com os bichos contaminados ou pela ingestão de carne mal cozida dos animais.

O período de incubação varia de 5 a 21 dias.

Entre humanos, a transmissão se dá pelo contato próximo com gotículas respiratórias, fluidos corporais ou superfícies contaminadas. A mpox não se transmite pelo ar da mesma forma que o SARS-CoV-2, o vírus da Covid-19.

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Quais são os sintomas da mpox?

Os sintomas iniciais da mpox incluem:

  • mal-estar;
  • dor de cabeça;
  • febre;
  • calafrios;
  • exaustão;
  • lesões na pele.

As lesões evoluem por cinco estágios: mácula, pápulas, vesículas, pústulas e crostas; e o vírus está presente em grande quantidade nelas, tornando-as altamente contagiosas.

A taxa de letalidade da mpox é menor que a da varíola humana. A maioria dos casos se resolve em duas a quatro semanas, mas complicações podem ocorrer, especialmente em pessoas imunossuprimidas.

💊 Pessoas imunossuprimidas possuem um sistema imunológico comprometido ou enfraquecido, o que diminui sua capacidade de combater infecções e doenças. Isso pode ocorrer devido a uma variedade de condições médicas, tratamentos ou medicamentos que afetam a função imunológica.

Como se proteger da mpox?

A boa notícia é que a vacina contra a varíola humana, embora não seja mais amplamente utilizada desde a erradicação da doença, oferece proteção significativa contra a mpox, com eficácia de até 85%. Porém, com a interrupção da vacinação há mais de 40 anos, apenas cerca de 30% da população global está protegida.

Por isso, é importante evitar contato com pessoas ou animais suspeitos de contaminação, usar máscaras, lavar as mãos frequentemente e não compartilhar itens pessoais como toalhas e roupas.

Além disso, com a volta da mpox como emergência global, os pesquisadores seguem estudando para entender melhor a propagação da doença e aprimorar tratamentos e vacinas.

Mantenha-se de olho nas atualizações e continue se informando sobre como cuidar de si e dos outros. A situação está em constante evolução, e novas informações podem surgir a qualquer momento!

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Paulo Jubilut

CEO do Aprova Total. É conhecido como "Professor Jubilut” por seu canal no YouTube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, o que faz dele o maior influenciador de Biologia do Brasil.

Ver mais artigos de Paulo Jubilut >

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