Vacina contra a Covid-19 é realmente eficiente?
Os primeiros resultados de vacinas contra o Covid-19 nos testes envolvendo uma grande quantidade de voluntários começaram a sair! A eficiência da vacina é um ponto destacado nesta etapa. Mas você sabe o que isso significa? Venha entender mais neste blog!

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A pandemia de Covid-19 provocou mudanças grandiosas no mundo em 2020, além de causar mais de 1 milhão de mortes. Diante de condições tão adversas, a vacina aparece como uma grande esperança e também solução.
Graças aos esforços da comunidade científica e investimento na ciência estamos, supreendentemente, observando o desenvolvimento de uma vacina em tempo recorde. Entretanto, o processo de criação, teste e produção de uma vacina demanda diversas etapas.
A seguir você lerá sobre o que realmente é a fase de testes, a possível eficácia da vacina contra a Covid-19 e também os desafios da cobertura da vacinação mundialmente.
No entanto, antes de mais nada, é importante saber um pouco sobre o Covid-19. Você pode saber mais afundo sobre o Coronavírus em nosso post sobre o assunto. É imprescindível que você saiba que eles pertencem à família Coronaviridae. Externamente possuem uma camada lipoproteica, composta por lipídios e proteínas. Nessa camada estão presentes espículas compostas por glicoproteínas.
Os vírus entram no corpo humano pelas mucosas (boca, nariz e olhos) e se ligam às células das vias aéreas. Em seguida, quando o vírus infecta células humanas ele insere seu material genético, o RNA viral. Logo após, a célula infectada lê o RNA e começa a produzir proteínas que manterão o sistema imunológico do corpo inativo e nesse período são feitas novas cópias do vírus. Aprenda mais sobre o assunto nesse vídeo do Prof. Jubilut:
NAVEGUE PELOS CONTEÚDOS
Vacina contra Covid-19: como acontece a fase de testes?
Até o momento em que esse blog está sendo escrito, há 54 vacinas sendo testadas nas etapas dos ensaios com seres humanos. Além disso, 12 delas já atingiram o estágio final dos testes. Ou seja, agora elas estão sendo testadas para verificar a eficiência da vacina. Mas como funciona essa etapa? Explicamos os detalhes em seguida.

Milhares de voluntários recebem a vacina ou um placebo. Posteriormente, são feitas comparações entre os números de infectados entre os dois grupos, para entender se a vacina teve algum efeito. Os resultados podem incluir redução da infecção, gravidade da doença ou duração da infecciosidade.
A resposta imunológica ao vírus varia dependendo da idade, sexo, etnia, presença de comodidades prévias. É possível considerar essas últimas como fatores de risco. Portanto, é necessário incluir essa gama de diversidades nesses estudos. Somente depois dessa fase é viável disponibilizar a vacina garantindo segurança e eficácia para a população.
Importante destacar que para a aprovação, a vacina precisa apresentar efeitos benéficos específicos. Isso inclui, por exemplo, atingir o público de alto risco e capacidade de ampla distribuição das vacinas. Com as "vacinas de RNA", por exemplo, temos um problema de distribuição. Isso porque o transporte delas só pode acontecer em temperaturas negativas o que complica muito toda a logística.
Qual deve ser a eficácia da vacina?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) sugeriu que a eficácia da vacina contra o coronavírus deve ser de, pelo menos, 50% quando a cobertura de vacinação é satisfatória. Dessa forma, algumas vacinas, inclusive, estão sendo planejadas para serem aplicadas em duas doses para aumentar a eficiência.
Vacina contra Covid-19: desafios da cobertura de vacinação
O crescimento do movimento antivacina associado à disseminação de notícias falsas tem preocupado os cientistas. A probabilidade de uma criança nascida hoje receber todas as vacinas recomendadas mundialmente até os 5 anos de idade é inferior a 20%, de acordo com a OMS a UNICEF.
Apesar da pandemia impulsionar o declínio da vacinação, dados dos últimos anos já alertavam para a redução na cobertura de vacinação. Além disso, uma pesquisa realizada no começo do ano pela Reuters, indica que um quarto dos estadunidenses têm receios ao receber uma vacina contra o coronavírus, mesmo com as garantias de que ela é segura.
Com menos pessoas protegidas, a vacina teria que ter uma eficácia maior, pelo menos de 80%, para que o distanciamento social fosse completamente relaxado. No entanto, é extremamente importante destacar que isso não significa que, caso uma vacina contra Covid-19 tenha uma eficácia inferior, ela não seja útil. O que deve acontecer é a continuação do distanciamento social e do uso de máscaras até o controle da pandemia ou o desenvolvimento de uma vacina mais eficiente.
Esse blog foi baseado no artigo “What defines an efficacious COVID-19 vaccine? A review of the challenges assessing the clinical efficacy of vaccines against SARS-CoV-2” publicado em 27 de outubro de 2020 na revista The Lancet.
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