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Novos vírus estão surgindo?

O aumento da incidência de surtos virais e a melhor detecção graças à tecnologia explicam por que tantos vírus estão aparecendo ou reaparecendo pelo mundo

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Nos últimos tempos, você deve ter percebido que a pandemia da Covid-19 não está mais dominando tanto as manchetes dos jornais. Em vez disso, ficamos sabendo sobre diversos novos vírus que estão aparecendo ou reaparecendo pelo mundo, como a varíola dos macacos, a gripe aviária e o vírus Marburg na Guiné Equatorial. 

A frequência desses acontecimentos é assustadora e traz questionamentos: será que a incidência de surtos virais está aumentando? Ou nós apenas nos tornamos melhores na detecção deles graças à tecnologia? A resposta é: um pouco de ambos.

Novos vírus: como eles chegam até nós? 

Estima-se que existam 1,67 milhão de vírus que infectam mamíferos e aves ainda a serem descobertos. Deste total, acredita-se que 827 mil tenham o potencial de infectar humanos.

E como eles chegam até nós? Os principais impulsionadores de emergências virais são as próprias ações humanas.

O cultivo de animais para a alimentação se tornou uma prática comum há cerca de 10 mil anos. O homem passou a ter contato próximo com os animais, e isso permitiu que os vírus que infectavam naturalmente esses animais “saltassem” para os humanos. Essas infecções, chamadas de zoonoses, compõem cerca de 75% das doenças infecciosas emergentes.

Além disso, à medida que a civilização humana avançava, a destruição dos habitats forçou os animais a buscarem alimento e abrigo em novas áreas. 

Assim, espécies diferentes, que normalmente não estariam em contato, começaram a compartilhar o mesmo ambiente. Agora, adicione os seres humanos a essa equação, e você terá a receita perfeita para a emergência de um novo vírus!

Urbanização e mudanças climáticas

Mas nós também facilitamos a propagação dos vírus. A urbanização leva a uma alta densidade populacional, criando um ambiente ideal para eles se espalharem. O desenvolvimento das cidades geralmente é mais rápido do que o desenvolvimento da infraestrutura adequada, como o saneamento básico, o que aumenta a probabilidade de surtos.

Aqui neste vídeo, conto um pouco sobre mudanças climáticas, aquecimento global, suas causas e consequências:

As mudanças climáticas também estão contribuindo para a propagação de vírus. Os arbovírus (vírus disseminados principalmente por mosquitos), por exemplo, estão sendo detectados em novas áreas. Isso acontece porque as mudanças no clima fazem com que os insetos sobrevivam em uma variedade maior de locais.

E os cientistas sabem de tudo isso há muito tempo. O surgimento do SARS-CoV-2, que é o vírus que causa a Covid, não surpreendeu nenhum virologista. Era uma questão de quando – e não se – uma pandemia ocorreria.

Aumente o seu repertório sobre o tema: o Enem e os vestibulares adoram cobrar questões sobre vírus nas provas. Se você quiser se aprofundar mais sobre o assunto, na plataforma Aprova Total você encontra aulas sobre vírus e pandemias dentro das disciplinas de biologia e de história!

Novos vírus: melhores formas de detecção

A ciência avançou em um ritmo acelerado durante a pandemia da Covid, o que trouxe novos métodos de detecção de vírus para monitorar os surtos e a evolução dos vírus. Agora, muitos dos cientistas envolvidos no rastreamento do SARS-CoV-2 estão voltando sua atenção para o monitoramento de outros vírus.

O monitoramento de águas residuais foi muito utilizado para detectar o SARS-CoV-2 durante a pandemia e pode ajudar a rastrear outros vírus que representam uma ameaça à saúde humana.

Quando um vírus infecta uma pessoa, parte do material genético desse vírus geralmente acaba sendo descartado no banheiro descarga abaixo. Ao pesquisar as águas do esgoto, os cientistas conseguem perceber se o número de infecções em uma área está aumentando antes que o impacto comece a chegar nos hospitais.

Adaptar essa tecnologia para procurar outros vírus, como influenza, sarampo ou até poliomielite, pode nos fornecer dados valiosos sobre o início de surtos virais.

Embora alguns possam considerar isso alarmista, informações como essa podem ser a chave para conter futuras pandemias, já que as infecções podem ser contidas antes de se espalharem.

A vigilância é apenas uma parte da preparação para uma pandemia. Os governos e agências de saúde em todo o mundo precisam ter protocolos de emergência bem definidos para pandemias, para que as ações não sejam tomadas tarde demais.

Com todas essas mudanças ambientais, é improvável que a Covid seja a última pandemia que vamos testemunhar. Espero que estejamos mais preparados da próxima vez!

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Paulo Jubilut

CEO do Aprova Total. É conhecido como "Professor Jubilut” por seu canal no YouTube, que conta com mais de 3 milhões de inscritos, o que faz dele o maior influenciador de Biologia do Brasil.

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